Dificuldades econômicas obrigam Agência Misna a fechar


Cidade do Vaticano (RV) – A informação católica perdeu outro componente importante. Depois do fechamento do “Reino” (católicos democráticos) e da “Semana” (revista dos Dehonianos), é a vez da Misna, agência missionária fundada pelo padre comboniano Giulio Albanese, perder a batalha contra as dificuldades econômicas.

Durante 17 anos, a Misna informou sobre as guerras esquecidas no Sudão do Sul, Congo, Serra Leoa, Ruanda e sul do mundo em geral, dando espaço a quem nem sempre teve voz e pôde chegar às manchetes. 

Decisão está em contradição com a História

Algumas tentativas foram feitas para evitar a decisão e até a Conferência Episcopal Italiana fez uma proposta viável, mas nada foi suficiente para salvar a agência e os Superiores dos quatro Institutos sócios (Combonianos, missionários da Consolata, Xaverianos e Pime) tomaram a decisão de fechá-la.
 
Entristecido e inconformado, Padre Albanese lamenta a escolha “fora do tempo e da História e em contradição com o início do Ano da Misericórdia. A missão que nos deu o Papa Francisco era a de dar voz a quem não tem voz e contar as periferias do mundo; um desafio cultural”. 

A peculariedade do serviço

Pe. Giulio, que foi sequestrado em 2002 em Uganda, recorda como eventos importantes a denúncia dos massacres de 1998 no ex-Zaire, as guerras na Guiné-Bissau e Serra Leoa, os sequestros de vários missionários. “Naquelas áreas, a informação é a primeira fonte de solidariedade. Salvamos a vida de muita gente porque revelar os fatos atrai a atenção internacional e protege as vítimas”. 

(CM)








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