Caracas (RV) – Os bispos venezuelanos estão reunidos para sua Assembleia Plenária.
O Presidente do episcopado, Dom Diego Rafael Padrón Sánchez, Arcebispo de Cumaná, abriu a Plenária falando sobre a situação do país e o processo político depois de 6 dezembro passado, quando os opositores conquistaram a maioria na Assembleia Nacional.
“É um contundente rechaço ao despotismo, ao militarismo, à arbitrariedade e à corrupção”, disse o Arcebispo. “É um ponto de partida para recuperar o estado de direito, a renovação e a reorganização do Estado, a revisão das políticas nacionais e da política internacional, seus acordos e negociações. Mas, sobretudo, é uma vitória do desejo popular que requer uma mudança real nos campos da liberdade, da justiça, dos direitos humanos, da saúde, da segurança, da economia e muitos outros”.
Para o Presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, a nova Assembleia nacional deve dar respostas satisfatórias, “não porque muda a economia, mas porque deverá corrigir os erros e procedimentos irregulares. Serão necessárias medidas que contribuam para a distensão e para reconciliação nacional, como será a anistia para os prisioneiros políticos e o retorno dos exiliados. Trará leis que corrijam as políticas econômicas e deverá punir a corrupção”, concluiu.
A coalização de oposição na Venezuela, Mesa de la Unidad Democrática (MUD), conquistou 99 dos 167 assentos da Assembleia Nacional nas eleições legislativas de 6 de dezembro. O "oficialismo", bloco de governo que inclui o partido socialista de Nicolás Maduro PSUV e partidos aliados, ficou com 46 assentos, segundo divulgou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Ainda na abertura da Assembleia plenária, Dom Padrón Sánchez ofereceu um panorama eclesial, assinalando os principais pontos que contribuem para a vida da Igreja na Venezuela: o Sínodo da Família, o Jubileu da Misericórdia, a Encíclica Laudato Sì e a visita do Papa Francisco ao continente.
(BF/Fides)
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