EUA: Bispos aplaudem iniciativa de Obama sobre controle de armas


Washington – “Graças a Deus existe alguém que tem finalmente a coragem de suprir as lacunas de nossas vergonhosas leis sobre o controle de armas para reduzir o número de massacres, suicídios e homicídios que tornaram-se uma chaga em nosso país”. Foi o que expressou o Bispo da Diocese de Dallas, Dom Kevin Joseph Farrell, em um post publicado em seu blog, na terça-feira, 5 de fevereiro.

Proposta “moderada”

O bispo qualificou a proposta de Obama como "moderada", e interpretou a reação veemente do Congresso à luz do fato que este se “vendeu despudoradamente ao lobby das armas”. Em seu pronunciamento, Dom Farrell reiterou que continuará sendo proibido entrar armados e mostrar armas em lugares públicos que dependam da diocese, não obstante a recente disposição que no Texas permite aos detentores de armas levá-las consigo e exibi-las em público.

A ação dos bispos estadunidenses

"Esta escolha - escreveu o prelado – baseia-se na convicção de que nossas igrejas, escolas e outros locais de culto tem por objetivo ser santuários – lugares sagrados em que as pessoas vão para rezar e participar das celebrações da Igreja”. Ao longo dos anos, a Conferência Episcopal dos Estados Unidos interveio em uma vasta grama de políticas. Entre as outras coisas, os Bispos estadunidenses expressaram sua contrariedade ao matrimônio entre homossexuais, denunciaram o tráfico de armas, pediram a abolição da pena de morte e solicitaram o Congresso a modificação da política no campo da imigração.

Já em 1994, os bispos haviam publicado o documento “Confronting a Culture of Violence”, no qual retomavam o apelo de uma avó nos funerais do neto: “Esperamos que alguém, de algum lugar, de alguma forma, faça alguma coisa sobre as razões que têm levado nossos filhos a matarem-se um ao outro”. No domingo, 6, também o Arcebispo de Miami, Dom Thomas G. Wenski, fez referência ao documento, em um comunicado publicado pela Conferência Episcopal dos EUA, após as palavras do Presidente Barack Obama sobre a necessidade de serem adotadas medidas para regulamentar a venda e a difusão de armas de fogo. “Por muito tempo - lê-se no texto, recebido pela Agência Fides - os Bispos dos EUA pediram políticas razoáveis para contribuir com a redução da violência com as armas. A violência em nossa sociedade é um problema complexo, com muitas nuances, e assume muitas formas. Ainda que nenhuma medida seja capaz de eliminar todos os atos de violência que envolvem armas de fogo, acolhemos com favor os esforços voltados a salvar vidas humanas e tornar as comunidades mais seguras. Esperamos que o Congresso analise esta questão seriamente, considerando todos os diversos aspectos implicados”.

Segundo dados da mídia, somente em 2013, nos EUA, forma mortos mais de 33 mil pessoas por armas de fogo. (JE)








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