No Quênia, muçulmanos protegem cristãos de ataque de radicais


Nairóbi (RV) – “Trata-se de um fato muito positivo; um sinal concreto de que os muçulmanos quenianos são contra a violência”. Foi o que afirmou à Agência Fides Dom Joseph Alessandro, Bispo de Garissa, nordeste do Quênia, na fronteira com a Somália. Pertence à sua Diocese a localidade de Elwak, onde um ônibus que fazia a linha Mandera-Nairóbi, foi invadido por um grupo do Al Shabaab somali.

Como já havia acontecido em outras ocasiões, os terroristas tentaram separar os reféns muçulmanos dos não-muçulmanos com o objetivo de matar estes últimos. Mas os passageiros muçulmanos se opuseram, salvando a vida de seus conterrâneos cristãos. No ataque, no entanto, duas pessoas foram mortas, um passageiro do ônibus e o motorista de um caminhão que percorria a mesma estrada.

“O Al Shabaab agora sabe que não tem o apoio da comunidade muçulmana”, afirma Dom Alessandro. “Esperemos que se prossiga nesta direção, pois há um ano ocorreu um ataque semelhante que provocou uma tragédia”, acrescentou o prelado.

Em 22 de novembro de 2014, de fato, radicais do Al Shabaab mataram 22 pessoas que estavam em um ônibus voltando para seus locais de origem para as festas de Natal. As vítimas foram escolhidas com base em sua religião. A mesma sorte foi reservada aos 36 trabalhadores de uma escavação na localidade de Koromeu, massacrados em 1º de dezembro de 2014. (JE)








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