Mensagem de Natal do Patriarca Bartolomeu I: acolher refugiados


Istambul (RV) - “Em nossa época muitas crianças são obrigadas a tornar-se refugiadas, seguindo seus pais, para salvar a própria vida, vida esta olhada com suspeita por seus múltiplos inimigos. Esse fato constitui um ignomínia para o gênero humano.”

É o que ressalta o Patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, na mensagem de Natal, este ano, dedicada aos milhões de refugiados obrigados a abandonar suas terras por causa de perseguições e violências.

O drama de quem, com a vida em perigo, é obrigado a migrar

A Igreja ortodoxa acompanha dia após dia a fuga em massa pessoas desesperadas em busca de um teto sob o qual dormir. “É verdade que ao longo da história do homem, os povos fizeram muitas migrações”, recorda o arcebispo ortodoxo na mensagem, citada pelo jornal vaticano L’Osservatore Romano.

Todavia, continua, “esperávamos que após as duas guerras mundiais e as declarações sobre a paz feitas por líderes religiosos e políticos, as sociedades atuais teriam podido assegurar a convivência pacífica dos homens em seus próprios países. Infelizmente, os fatos decepcionam a esperança, enquanto grandes massas de seres humanos, diante da ameaça de seu aniquilamento, são obrigadas a tomar o caminho da migração”.

Não se pode ficar insensíveis, é preciso expressar solidariedade e amor

Tal situação “aumenta nossa responsabilidade”. Segundo o Patriarca, não se pode ficar “insensíveis diante do drama cotidiano de milhares de nossos irmãos”.

É preciso expressar-lhes “solidariedade e amor, com a certeza de que todo benefício em prol deles alcança o rosto do Filho de Deus que nasceu e assumiu a carne, o qual não veio ao mundo como um rei, ou como um dominador, um poderoso ou um rico, mas foi gerado como uma criança desnuda e inerme, numa pequena estribaria, sem um lar, assim como neste momento vivem milhares de nossos irmãos. Nos primeiros anos de sua vida terrena foi obrigado a expatriar para uma terra distante, para salvar-se do ódio de Herodes”.

Ajudar os perseguidos independentemente da raça e religião

Podemos dizer que a terra e o mar bebem o sangue inocente das crianças e dos refugiados de hoje, enquanto “a alma insegura de Herodes recebeu seu julgamento”.

“O Senhor Deus Menino – escreve ainda Bartolomeu I – nascido em levado para o Egito é o verdadeiro defensor dos refugiados de hoje, dos perseguidos dos Herodes do nosso tempo.”

“A assistência e a nossa ajuda aos perseguidos e aos nossos irmãos deportados, independentemente da raça, estirpe e religião, serão para o Senhor que nasce dons mais preciosos do que os presentes dos magos”, conclui o Patriarca de Constantinopla. (RL)








All the contents on this site are copyrighted ©.