Cistercienses: comunidade, oração e trabalho


Cidade do Vaticano (RV) – Neste espaço dedicado ao Ano da Vida Consagrada hoje vamos conhecer mais um carisma da Igreja. O nosso convidado é o Arcebispo do Rio de Janeiro, Card. Orani João Tempesta. Em entrevista a Silvonei José, Dom Orani fala da Ordem à qual pertence – Cisterciense - , começando por sua origem, o monaquismo beneditino. 

No ano 1098, no dia 21 de março, festa de São Bento Abade, São Roberto e seus companheiros deixaram a próspera e influente abadia de Molesmes e partiram para o inóspito e isolado vale de Cister. Partiram com um desejo intenso e amadurecido de viver para Deus e para Ele só. Eles aspiravam à pureza e simplicidade da vida monástica segundo o ideal primevo de São Bento: uma vida de conversão contínua que permitia ao monge viver o evangelho e ser transformado em Cristo.

Deste pequeno começo surgiu a Ordem Cisterciense, cujo intento era restaurar a pureza da observância da Regra, consagrando-se à busca do “único necessário”, por meio de uma vida em comum, simples e austera, em que os monges “seguindo o Cristo pobre como pobres”– Pauperes pauperem Christum sequi – vivendo em comunidade, partilhando a mesma pobreza e o mesmo trabalho, a oração e o louvor, atingiriam a união com Deus, amando-se mutuamente como Cristo os amava. Uma vida, portanto, profundamente contemplativa, uma vida “no Espírito”, e a comunidade monástica era a cidade de Deus edificada sobre a rocha, sendo seus membros as pedras vivas formando uma “morada de Deus no Espírito” (Ef 2, 22).

Com São Bernardo de Claraval (1090 – 1153), a Ordem conheceu uma prodigiosa expansão e o amadurecimento de sua identidade espiritual, que se expressava em sua teologia mística, na liturgia e arquitetura, bem como na direção da economia das comunidades. 








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