Dom Laham: acabar com os sangrentos conflitos no Oriente Médio


Amã (RV) - “Que todos os sangrentos conflitos do nosso amado Oriente Médio tenham fim”, porque “hoje, mais do que nunca, precisamos urgentemente de paz”: são os votos do vigário patriarcal para a Jordânia, do Patriarcado Latino de Jerusalém, o arcebispo Maroun Lahham, por ocasião do Natal.

Numa mensagem difundida para a solenidade natalina, o prelado faz votos de que “todos os povos da região reconstruam a vivência em comum, encorajem iniciativas de fraternidade e amor, a fim de que todos possam viver como uma família unida”.

Consolidar a atenção para com os pobres e necessitados

Em seguida, Dom Lahham recorda dois eventos importantes de 2015: o 50º aniversário da declaração conciliar “Nostra aetate”, “primeiro documento sobre o diálogo cristão-islâmico”, cujos frutos “intelectuais e culturais devem ser preservados”.

Depois, o Jubileu extraordinário da Misericórdia, inaugurado pelo Papa oficialmente dia 8 de dezembro – solenidade da Imaculada Conceição de Maria:

“Misericórdia é sinônimo de amor fraterno – explica o arcebispo – e dela devemos aprender o que nos impele a consolidar as atenções da humanidade para com os irmãos e as irmãs que sofrem por causa da pobreza, de carências ou pelo agravar-se das dificuldades.”

Reforçar caridade e cooperação

A esse propósito, Dom Lahham recorda que esta segunda-feira, 21 de dezembro, foi aberto em Amã (capital da Jordânia) o “Restaurante da Misericórdia”, no qual a diocese local e a Caritas Jordânia servem gratuitamente cerca de 500 refeições por dia a pobres e necessitados, e 100 refeições suplementares a agentes ecológicos.

“Espero que essa iniciativa contribua para reforçar as obras de caridade e a cooperação em nossa amada pátria”, ressalta o vigário patriarcal.

Detendo-se, em seguida, sobre o significado do Natal, Dom Lahham recorda que o Menino Jesus vem ao mundo trazer “alegria e salvação, dissipar o medo, assegurar-nos que o bem vence o mal, a luz é mais forte do que as trevas, a graça é mais forte do que o pecado, e o amor mais forte do que o ódio”.

Acabar com os assassinatos e transferências forçadas

O nascimento do Senhor, continua o prelado, assegura que “a onda de violências, assassinatos e transferências forçadas no mundo árabe é somente um evento passageiro e que o status quo será restabelecido”.

Então, “não haverá diferenças entre nós em relação à religião, à etnia, à cor ou ao gênero, porque os mais nobres entre nós aos olhos de Jesus são os mais justos”.

Por fim, o arcebispo convida a meditar em silêncio sobre a mensagem do Natal, rezando “a Palavra encarnada de Deus que nos amou como nenhum outro”. (RL)








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