Anfitriões simpáticos e hospitaleiros


Dubai (RV*) - Amigas e amigos recebam uma saudação de esperança e de fraternidade.

Embora a hospitalidade seja bem vinda em todas as culturas, são os habitantes do deserto que mais a apreciam e a desenvolvem.   Acostumados a se deslocar continuamente à procura de alimento e água, serem acolhidos num acampamento de beduínos ou num Oásis, onde poderiam restabelercer as forças, era e é até um meio de sobrevivência.

A atitude da hospitalidade tem suas origens, antes da formação das grandes religiões do Oriente Médio. Lendo os livros sagrados do Cristianismo, Judaísmo e Islamismo, percebemos que a experiência da vida no deserto é comum e o patriarca Abraão, figura proeminente para as três religiões.

 O famoso patriarca Abraão é o testemunho nobre da acolhida generosa proporcionada a três mensageiros que o visitaram. Ele e sua esposa_ colocam tudo à disposição para servir bem aos viajeiros. Enquanto o patriarca mantém uma agradável conversa com eles, Sara, esposa de Abraão, prepara os alimentos. A confiança entre hóspedes e anfitriões vai crescendo até aproximá-los na partilha da refeição.

A hospitalidade não é um dever, nem um incômdo e muito menos um acontecimento inconveniente para Abraão e Sara.  Ao contrário, é sentida como uma bênção que se concretiza, na longa e almejada vinda de um filho.

Embora o estilo de desenvolvimento econômico tenha alterado a vida das pessoas do deserto, a hospitalidade continua sendo uma virtude primordial, entre os povos árabes. Especialmente no Ramadan, tempo de jejum islâmico, homens e mulheres se agitam para acolher as pessoas, na hora da quebra do jejum.  As mulheres se esmeram na preparação da comida em abundância e qualidade, pois ao redor dela, as pessoas se reúnem em fraternidade.  As portas das casas ficam abertas para que os transeuntes, mesmo desconhecidos, possam entrar e comer com alegria. A comida deve ser saborosa para agradar aos convivas.

A proliferação de edifícios e a mudança do estilo de vida fizeram com que o ambiente de aldeia desaparecesse, entre a maior parte dos árabes. Por isso é cada vez mais comum, montar tendas em praças ou terrenos vazios, para que os trabalhadores estrangeiros ou mesmo locais possam quebrar o jejum com comidas bem preparadas. Surgem assim as obras de caridade, cada vez mais frequentes, nos Emirados Árabes Unidos.

O amor nos transporta a um nível superior e nos aproxima do Deus de todas as religiões: “Quem receber em meu nome uma destas crianças, estará recebendo a mim”Mc 9.37)”.

*Missionário Olmes Milani CS








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