Kinshasa (RV) - A Igreja católica na República Democrática do Congo não participou da reunião, esta semana, que envolveu expoentes da oposição e da sociedade civil congolesas, realizada em Dacar, no Senegal. É o que afirma um comunicado da Conferência episcopal local.
A Igreja “não se posiciona a favor de um partido contra outro, mas é comunidade de fé a serviço da verdade pela salvaguarda do bem comum e a defesa dos valores que elevam a nação”, lê-se no documento citado pela agência missionária Misna.
Processo eleitoral seja garantia do futuro do país
Por isso, reiteram os prelados congoleses, a Igreja “quer reafirmar a sua neutralidade em relação aos partidos políticos e a sua determinação a estar a serviço do anúncio do Evangelho a cada homem”.
“O próprio Evangelho nos convence de que temos uma grande responsabilidade no processo eleitoral, garantia de um futuro melhor para a República Democrática do Congo”, acrescentam os bispos.
Convidada para a Conferência internacional organizada pela Fundação alemã Konrad Adenauer, a Igreja católica havia nomeado seu representante o secretário geral, Pe. Leonard Santedi.
Porém, uma vez verificado que como representantes políticos congoleses participavam do encontro – dedicado aos “processos eleitorais na África subsaariana” – somente expoentes da oposição, os prelados anularam sua participação.
Maioria e oposição divididas sobre as eleições
O tema das eleições está dividindo profundamente a política congolesa, contrapondo o presidente Joseph Kabila e os opositores.
Efetivamente, o chefe do Estado propôs um “diálogo nacional” para definir o calendário eleitoral que deveria culminar nas presidenciais de novembro de 2016, atualmente colocado em risco com o adiamento das eleições locais, com data a ser ainda estabelecida.
Por sua vez, a oposição defende tratar-se de uma tentativa de prolongar o tempo e conseguir, desse modo, uma extensão do mandato de kabila. (RL)
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