Bispos neozelandeses: Ano Santo, ocasião para perdoar sem limites


Wellington (RV) - O Jubileu extraordinário da Misericórdia será uma ocasião “de profunda renovação espiritual, de perdão sem limites e de serviço ao próximo, em particular, aos sofredores e necessitados”.

É o que escrevem os bispos da Nova Zelândia – sul da Oceania – numa carta pastoral  publicada estes dias por ocasião do início do Ano Santo convocado pelo Papa Francisco.

No documento, os prelados ressaltam que “a misericórdia nos fala da verdadeira natureza de Deus”, tanto que, uma vez experimentada a nível pessoal, “todos desejamos ser mais misericordiosos com os outros”.

Mundo tem coração empedernido. O Poder da misericórdia é o bem

Infelizmente, observam os prelados, “nosso mundo mostra, por vezes, um coração empedernido: os pobres, as minorias, aqueles que não são congêneres às normas  sociais são vistos com aversão, ou mesmo, são oprimidos e desprezados”, ao tempo em que se difunde sempre mais “uma cultura da avidez que considera os indivíduos somente como um obstáculo, e não seres humanos dignos de respeito e escuta”.

Contrariamente, “o poder da misericórdia é o poder do bem que brota da fé, que provém de Deus e nos guia”. Nesse sentido, “a misericórdia ressoa profundamente no coração dos batizados, povo de Deus”.

Jubileu não é experiência piegas, mas ocasião de justiça

Em seguida, recordando quanto escrito no Livro do Levítico a propósito do Jubileu, os bispos neozelandeses evidenciam que o Ano Santo “não é uma experiência piegas”, mas diz respeito “à justiça, ao perdão, à justa relação com Deus, com o outro e com a terra”.

Portanto, quando este é “bem vivido” permite a “experiência prática do retorno à equidade, à bondade, à santidade que deriva da alegria de fazer aquilo que é justo aos olhos de Deus”.

Naturalmente, continua a carta pastoral, “tudo isso não é novo”, todavia, “devemos reconhecer que, de vez em quando, temos a necessidade de recordar isso para viver a nossa vida em família, na escola, no trabalho, segundo a vontade de Deus”.

Misericórdia vê o bem invisível aos olhos dos homens

A misericórdia é “desejo e dever” de cada fiel, a ser colocada em prática com as devidas obras corporais e espirituais, a fim de que este Jubileu seja, “sobretudo, um tempo de conversão quer individual, quer comunitária”.

Os prelados sugerem que o modelo a ser seguido deve ser o do Papa Francisco, que desde a escolha de seu lema episcopal, “Miserando atque eligendo”, fez referência ao princípio evangélico da misericórdia, capaz de “ver a bondade existente, invisível aos olhos dos homens”.

Ser missionários do perdão

Por fim, exortando os fiéis a viverem com alegria este “ano de graça”, os bispos neozelandeses confiam o Jubileu, em particular, à Virgem Maria, a fim de que, com seu auxílio, todos sejam “movidos por uma renovada vontade de ser missionários do perdão, da justiça e da misericórdia”. (RL)








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