Dom Gallagher: Comunidade internacional unida contra o terrorismo


Roma (RV) - “A comunidade internacional precisa se unir, mobilizar todos os meios de segurança, para se opor ao terrorismo”. É o que diz Dom Paul Richard Gallagher, Secretário para as Relações com os Estados, comentando sobre o que está acorrendo no mundo após os atentados de 13 de novembro em Paris. “O Estado, dentro das fronteiras nacionais - observa o bispo -, tem a obrigação de proteger seus cidadãos dos ataques e da presença de terroristas. A intervenção no exterior, no entanto, deve buscar legitimidade através do consenso da Comunidade internacional, em conformidade com o direito internacional. No entanto, vimos claramente que não podemos confiar a resolução do problema somente à resposta militar. Neste momento a comunidade internacional deve se unir e mobilizar todos os meios de segurança, para se opor ao terrorismo. Sem uma unidade de propósitos de todos os atores políticos e religiosos, esta luta não será possível”.

Como dialogar com pessoas que não são sensíveis ao diálogo?

Sobre um diálogo com o autodenominado Estado islâmico – refere a agência SIR - a posição de Gallagher é clara: “Neste caso, podemos nos perguntar: como é possível dialogar com quem não é sensível ao diálogo e se recusa conhecer a humanidade do outro? Como é possível dialogar quando há posições fundamentalistas? Neste momento particular, eu vejo o diálogo muito difícil, porque para dialogar se deve relacionar com o outro, se deve respeitar, mesmo minimamente, o outro”.

“Atrocidades intolerável e jamais justificadas”

Dom Paul Richard Gallagher comentando sobre os ataques de 13 de novembro em Paris disse: “Ficamos comovidos e consternados, como também disse o Santo Padre Francisco. Neste momento - continuou o bispo - estamos próximos aos familiares das vítimas, aos feridos, à França e também a todas as pessoas que em outros atos terroristas perderam os seus entes queridos. Diante destas atrocidades, sempre intoleráveis e jamais justificadas, o mundo inteiro deve se unir para salvaguardar a dignidade da pessoa humana”.

“Terceira Guerra Mundial em pedaços”

Dom Gallagher se detém também sobre a declaração do Papa Francisco ao canal de televisão italiano TV2000, no dia seguinte aos atentados: o que ocorreu é um pedaço da “terceira guerra mundial em pedaços” ... “O Santo Padre – explica Dom Gallagher - usou esta expressão para descrever, com toda a razão, o drama que a humanidade vive nos últimos anos. Há muitas partes envolvidas nos conflitos, há muitas áreas geográficas que sofrem as consequências da guerra, são tantas as culturas e os países que choram seus filhos. Não devemos esquecer outra característica desta chamada ‘terceira guerra mundial em pedaços’: seu campo de batalha é um mundo globalizado, onde até mesmo os conflitos locais e regionais têm a capacidade de se espalharem com mais força e rapidez, causando enormes danos à toda a comunidade mundial”. (SP)

 








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