Roma: peregrinação como experiência de misericórdia


Roma (RV) – Realizou-se de 16 a 18 de novembro, em Roma, um encontro sobre a peregrinação como experiência da misericórdia. O evento acadêmico foi organizado pela Obra Romana Peregrinações (ORP) como preparação para o Jubileu Extraordinário da Misericórdia que terá início no próximo dia 08 de dezembro, no aniversário da conclusão do Concílio Vaticano II. O encontro contou com a participação de sacerdotes, religiosos, religiosas e daqueles que trabalham na pastoral das peregrinações.

Os trabalhos foram inaugurados na manhã da segunda-feira (16) por Pe. Libério Andreatta, Vice-presidente e Administrador delegado da ORP, que saudou aos participantes e apresentou os trabalhos do evento. Em seguida a saudação de Franco Gabrielli, Prefeito de Roma.

Entre os conferencistas a especial participação do Cardeal Gianfranco Ravasi, Presidente do Pontifício Conselho da Cultura, que falou sobre “A peregrinação e a Misericórdia na Bíblia”. O purpurado, referindo-se à parábola do filho pródigo, que fala precisamente da Misericórdia do Pai, disse que a peregrinação diz do caminho até o encontro com Deus, do qual não se retorna sem ter vivenciado uma mudança, já que vem uma “conversão” ou, ao menos, “uma transformação no coração”.

Disse ainda que o lugar da peregrinação é de fato “um chamado a revisar as decisões da própria vida segundo a consciência” e “compreende a reconciliação”.

Desta maneira - prosseguiu o Cardeal -, “a misericórdia é uma experiência fundamental da peregrinação, tanto assim que a comunidade eclesial deve praticar neste período também certas obras espirituais e corporais, como alimentar os famintos, dar de beber aos sedentos, dar de vestir aos nus, dar hospedagem ao forasteiro, visitar aos enfermos e encarcerados, porque a unidade de medida no juízo final, será quanto se amou”.

Sobre a misericórdia também falou o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano: “no Cristianismo a misericórdia é a consciência de ser amados e perdoados por Deus”.

“O Novo Testamento considera a vida como uma peregrinação, e o cristianismo está chamado a manter certa distância daquilo que o circunda. Certamente não pelas leis da cidade em que vive ou pelas regras do estado de pertença”. Isto porque “o cristão vive na terra como estrangeiro, obedece as leis vigentes, mas inspirado por uma lei superior”, acrescentou o Cardeal Parolin.

Também participaram deste encontro Dom Rino Fisichela, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização - dicastério vaticano encarregado da organização das atividades para o Ano Santo da Misericórdia -, que presidiu uma missa com os participantes do evento na última segunda-feira. Igualmente esteve presente o Cardeal Jean-Louis Tauran, Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso.

O encontro foi encerrado com uma Santa Missa presidida na tarde da terça-feira, 17, pelo Cardeal Agostino Vallini, Vigário Geral do Papa para Diocese de Roma e Presidente da ORP.

Na manhã de quarta-feira, os participantes do evento se encontraram com o Papa Francisco durante a tradicional Audiência Geral, na Praça São Pedro, no Vaticano. (SP)

 








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