O julgamento dos dezassete jovens, dois dos quais do sexo feminino, acusados de preparação de actos de sublevação contra as instituições do Estado, iniciado nesta segunda – feira (16 de Novembro), decorre, na 14ª secção dos crimes comuns do Tribunal Provincial de Luanda.
De acordo com o Ministério Público, os jovens foram detidos em flagrante delito no bairro da Vila Alice, em Luanda, quando se encontravam reunidos em uma sessão de formação de activistas para a preparação de actos de sublevação.
Os dezassete jovens, com idades compreendidas entre os 20 e 30 anos, são ainda acusados de pretenderem mobilizar a população do país para uma insurreição e desobediência civil colectiva, com a colocação de barricadas nas principais artérias da cidade capital e a queima de pneus em locais com maior afluência de cidadãos estrangeiros, e com especial destaque nas imediações do Palácio Presidencial, no intuito de derrubar o Presidente da República.
O Ministério Público considera que a conduta dos acusados “configura actos preparatórios para o cometimento de crime de rebelião”.
Os arguidos estão a ser defendidos pelos Escritórios Mãos Livres, que indigitou os advogados David Mendes e José do Nascimento, os quais refutaram os argumentos de acusação apresentados pelo ministério público, baseando-se no direito à manifestação e de reunião consagrados na Constituição da República de Angola.
E o analista e docente Universitário Domingos Das Neves apela ao respeito pelas normas da justiça da parte de quem a administra.
O julgamento ocorre no quadro da Lei dos crimes contra a segurança do Estado.
De Luanda para a Rádio Vaticano, Anastácio Sasembele, paz e bem.
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