Papa aos membros do INPS italiano: santificar o descanso


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu no final desta manhã, na Praça São Pedro, cerca de 23 mil membros do Instituto Nacional da Previdência Social (INPS) da Itália. É a primeira vez, em toda a sua história secular, que o INPS italiano é recebido em audiência por um Papa.

No discurso que pronunciou aos numerosos presentes, o Santo Padre recordou a “delicada tarefa do Instituto de tutelar alguns direitos ligados à prática do trabalho: direitos baseados na própria natureza da pessoa humana e sobre a sua dignidade transcendental”.

O Papa chamou a atenção dos presentes, de modo particular, para “a salvaguarda do direito do homem ao descanso”, devido às suas profundas raízes espirituais:

“O descanso, na linguagem da fé, é uma dimensão humana e divina ao mesmo tempo, com uma única prerrogativa: é uma ocasião para viver plenamente a sua condição de criatura, elevada à dignidade de filho de Deus. Logo, a exigência de santificar o descanso, do qual vocês são, em certo sentido, colaboradores”.

Neste sentido, o Pontífice advertiu para que “jamais faltem os subsídios indispensáveis para a sobrevivência dos desempregados e suas famílias”; seja dada a devida atenção ao trabalho feminino e tutelado o direito da maternidade e do nascituro; a devida assistência na velhice, na enfermidade e nos infortúnios do trabalhador; enfim, o direito a uma aposentadoria digna. E o Papa concluiu:

“Trabalhar, de fato, quer dizer prolongar a obra de Deus na história, contribuindo com ela de maneira pessoal, útil e criativa. Ao apoiar o trabalho vocês sustentam a obra divina e asseguram uma subsistência digna a quem chega ao término da sua atividade. O ser humano é princípio, sujeito e fim de todas as instituições sociais. A sua dignidade jamais deve ser prejudicada!”.

O Santo Padre se despediu dos milhares de presentes do INPS italiano exortando-os a não se esquecer do seguinte imperativo: amar e servir o homem com consciência, responsabilidade e disponibilidade, sobretudo os mais fracos e necessitados”. (MT)








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