2015-11-05 12:12:00

Congo. Missionários no Norte de Kivu: o flagelo dos sequestros


Foram libertados os 14 membros de uma ONG congolesa sequestrados no Norte de Kivu, parte oriental da República Democrática do Congo. O episódio, sublinham fontes missionárias à agência Fides, é apenas o mais recente de uma onda de sequestros de pessoas que acontecem na área e, sobretudo, ao longo da estrada que liga a capital, Goma, a Butembo.

Os sequestros meios de enriquecimento dos grupos armados
Há vários meses que o sequestro se tornou "moda", afirmam os missionários da "Rede Paz para o Congo" num comunicado enviado à Agência Fides. Omar Kavota, director executivo do Centro de Estudos para a promoção da paz, da democracia e dos direitos humanos, afirma ter identificado cerca de 600 casos de sequestro, cometidos ao longo desta estrada desde o início de 2015. Esta situação preocupa os comerciantes locais que utilizam esta estrada para chegar ao norte da província. O vice-presidente da sociedade civil de Vitshumbi, Kambale Sikuli Simwa, pediu às autoridades militares para encontrarem  solução para este fenómeno dos sequestro que se tornou mais um meio de enriquecimento para os grupos armados da região: talvez as Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR), as Forças Democráticas Aliadas (ADF), os Mai-Mai ou simples bandidos armados.

O flagelo dos sequestro junta-se aos massacres contra civis
No dia 1 de outubro, por ocasião da comemoração do primeiro aniversário do massacre de civis, perpetrado em Beni a 2 de outubro de 2014, a coordenação da sociedade civil local recordou que, no território de Beni no Norte de Kivu e em apenas um ano, mais de 500 pessoas foram mortas com catanas, machados e martelos. O presidente da Sociedade Civil de Beni, Teddy Kataliko, recordou que estes actos foram cometidos nas seguintes cidades: Mukoko, Linzo Sisene, Apetinasana, Mayimoya, Kisiki, Eringeti, Kainama, Malehe, Kokola, Oicha, Ngite, Masulukwede, Vemba, Kadou, Ngadi, Munzambay, Kibidiwe, Matembo, Mavivi e Matiba. A propósito destes massacres, a coordenação da sociedade civil qualifica-os como  crimes contra a humanidade e apela para a abertura de uma investigação internacional para identificar e processar os verdadeiros culpados responsáveis por estes actos. (BS)








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