Card. Braz de Aviz no Sínodo: muito coração para sentir


Cidade do Vaticano (RV) – Muitas orelhas para escutar e muito coração para sentir: assim o Prefeito da Congregação para Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Card. João Braz de Aviz, define os trabalhos dos círculos menores.

Em entrevista à Rádio Vaticano, o Cardeal brasileiro fala também da amplitude dos temas discutidos no Sínodo:

“A um certo momento, a gente tem que ir não ao que a pessoa diz, mas o que ela quer dizer realmente. Às vezes, há qualquer coisa de muito particular, então muitas vezes o exercício maior que a gente tem que fazer é saber escutar. Talvez na minha função como Cardeal, isso é muito importante, às vezes a palavra não é tão necessária, porque muitos têm um palavra a dizer, mas é preciso ter muitas orelhas para escutar também, muito coração para sentir. E isso no grupo eu estou procurando exercer também. Eu também dei meus contributos, alguns deles foram aprovados, mas de modo geral essa participação também por meio da escuta.”

Amplitude de temas

“Uma das coisas belas do Sínodo é que está tocando as famílias nessas situações variadas. Em todas essas situações, porque o texto já traz de todos os lugares do mundo onde a Igreja está presente essas realidades que estão sendo vividas por nós todos. Impressionou muito que o Papa chegou a dizer, que há uma relação constitucional entre a Igreja e a família. Então em todas essas situações eu tenho a impressão que cada vez mais vamos ter a família no centro da preocupação da Igreja, não a família só bem constituída, ‘certinha’, mas a família de modo geral. Mesmo a família formada sem a dimensão da fé, mas que faz parte da humanidade. E também as pessoas que fizeram ou fazem uma experiência de família com, digamos, particularidades: uma mãe que está sozinha com seus filhos, um pai que está sozinho com seus filhos, família que adotaram filhos, famílias com situações especiais. Neste sentido, há um olhar muito, muito amplo e um olhar não de condenação, mas de quem se aproxima com misericórdia.”

(BF)








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