Pe Zollner: Igreja avançou no combate aos abusos de menores


Roma (RV) – “O enésimo sinal de que o Papa Francisco se preocupa com este sofrimento. Um sinal muito forte de proximidade e acolhida para mostrar que neste caminho de cura e renovação, Igreja e vítimas de abusos estão juntos”. Assim o Padre Hans Zollner SJ, Presidente do Centro para a Proteção dos Menores da Pontifícia Universidade Gregoriana e membro da Comissão Pontifícia para a Tutela dos Menores, comenta o encontro do Papa Francisco com um grupo de vítimas de abusos sexuais realizado no último domingo, 27 de setembro, na Filadélfia.

E ao encontrar os bispos participantes do Encontro Mundial das Famílias, Francisco afirmou que “os crimes e os pecados de abuso sexual de menores não podem continuar sendo escondidos”. “A este propósito – sublinha Pe. Zollner – deve-se recordar que em algumas partes do mundo atingidas por estes crimes a Igreja fez muito para reprimi-los e preveni-los. Sobretudo nos Estados Unidos, no Canadá, na Irlanda, na Inglaterra e também na Alemanha. Se fez muito, em particular, na prevenção dos abusos. Atualmente não existe outra região no mundo com tanto controle como na América do Norte, onde, por parte da Igreja foram adotadas todas as medidas possíveis para impedir futuros abusos e os sistemas de denúncia, no âmbito civil e eclesial, funcionaram com muito rigor”. “Também na Alemanha – recorda Pe. Zollner – existem agentes pastorais formados no campo da prevenção”.

Na coletiva de imprensa durante o voo que o trazia de volta a Roma, o Papa voltou a falar sobre o tema, sublinhando a culpa também daqueles que acobertaram estes abusos, em particular alguns bispos. “Um passo importante nesta direção – acrescenta Padre Zollner – foi a decisão do Conselho dos Cardeais (C9) que, retomando uma proposta da Comissão Pontifícia para a Proteção dos Menores, quis atribuir a um tribunal da Congregação para a Doutrina da Fé competências especiais para julgar os bispos. Uma iniciativa, aprovada pelo Papa, que representa um dos resultados mais importantes alcançados por esta Comissão e, em geral, no trabalho desenvolvido pela Igreja neste campo nos últimos 25 anos”.

"Eles poderão, de fato, ser submetidos ao julgamento deste tribunal, os bispos que não seguem o que as várias conferências episcopais ou a Santa Sé esperam deles. Portanto, por atos de negligência ou tentativas de impedir investigações ou ocultação de provas". (JE)

 

 








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