Nobel: Papa, Merkel e ONU para refugiados como fortes candidatos


Estocolmo (RV) – Entre os 273 indicados para o Prêmio Nobel da Paz deste ano, os três mais prováveis ganhadores são o Papa Francisco, a chanceler Angela Merkel e a Agência ONU para os refugiados. O reconhecimento será anunciado daqui uma semana, no dia 9 de outubro, em Oslo, Noruega.

O Papa se converteu em uma das figuras mais fortes quando da mediação e pacificação de conflitos. Um dos últimos principais eventos, entre Estados Unidos e Cuba, levou ao restabelecimento de relações diplomáticas após mais de 50 anos de ruptura. Desde que foi eleito em 2013, Francisco sempre foi indicado ao Prêmio.

Kristian Berg Harpwiken, diretor do Peace Research Institute de Oslo, que compila um breve elenco anual (mas não é afiliado ao Comitê dos Nobel), aposta em um Prêmio ligado à crise dos refugiados, ‘elegendo’ Merkel por ter demonstrado “liderança moral num momento crítico”. A chanceler, lembrou ele, foi nomeada pelos parlamentares alemães pelo seu papel ao mediar um cessar fogo na Ucrânia oriental. Mas, entre os possíveis vencedores do Nobel para o diretor do instituto de Oslo, poderia ser também o jornal russo independente “Novaya Gazeta”.

Todavia, segundo três historiadores noruegueses que administram um site sobre o Nobel da Paz, a Unhcr, a Agência ONU para refugiados que já venceu o prêmio duas vezes, é uma forte candidata. O Comitê do Prêmio, segundo o historiador Asle Sveen, poderia decidir de conferir o reconhecimento a um acordo internacional, como aquele sobre o programa nuclear iraniano, alcançado entre Teerã e os países 5+1, ou aquele sobre os quais estão negociando o governo colombiano e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Mas neste ano se poderia também decidir de premiar uma figura que seja distinta pelo seu empenho contra as mudanças climáticas. Dan Smith, diretor do Institute Research Peace de Estocolmo, acredita que o Comitê poderia enaltecer que “este é o ano do clima”, referindo-se à conferência internacional que acontece em dezembro em Paris para alcançar um acordo sobre a redução das emissões responsáveis do aquecimento global.

Dois candidatos da categoria citados por Dan Smith são James Hansen, pesquisador das mudanças climáticas, e Christiana Figueres, pela guia da Convenção das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas. Smith também precisou que o Papa Francisco poderia receber o reconhecimento se o Comitê dos Nobel decidisse premiar os temas da justiça social. Desde que foi instituído por Alfred Nobel em 1895, nenhum Papa recebeu a distinção.

No ano passado, o Prêmio foi designado conjuntamente ao ativista indiano para os direitos das crianças Kailash Satyarthi e à jovem paquistanesa Malala Yousafzay, que três anos atrás foi ferida gravemente pelos talibãs pela sua luta em favor da instrução feminina. (AC/AdnKronos)








All the contents on this site are copyrighted ©.