Justiça e Paz Europa: trabalho comum pelo desenvolvimento sustentável


Berna (RV) - “Fazemos votos de que estes novos objetivos de desenvolvimento sustentável – junto a um novo acordo global sobre as mudanças climáticas que será adotado em Paris – tenham um impacto ainda mais forte na próxima década.”

É o que se lê numa declaração difundida pela Conferência das Comissões Europeias Justiça e Paz acerca da adoção por parte da Assembleia Geral da Onu dos 17 novos objetivos para o desenvolvimento sustentável e das 169 metas específicas que substituem os Objetivos para o milênio adotadas no ano 2000.

O organismo que representa as comissões justiça e paz dos episcopados europeus manifesta apreço por alguns dos objetivos que foram reiterados.

Entre estes, erradicar a pobreza e a fome em todas as suas formas; reduzir a desigualdade interna dos países e dos países entre si; adotar e reforçar políticas sólidas para a promoção das mulheres; acabar com o abuso, a exploração e o tráfico e todas as formas de violência e tortura de crianças, no pleno respeito pela dignidade e pela pessoa humana.

Somos gratos ao Papa – lê-se na declaração – que definiu a adoção dos objetivos de desenvolvimento sustentável “um importante sinal de esperança”.

Consideramos a presença e as palavras do Papa Francisco em Nova Iorque “uma promessa da parte dos católicos a contribuir para a realização, até 2030, de um mundo sem pobreza, fome, doenças, onde todos possam prosperar, livres do medo e violência, no respeito universal pelos direitos humanos”.

A Conferência quer promover o conceito de desenvolvimento sustentável em suas três dimensões econômica, social e ambiental “como um possível paradigma estrutural” para seu futuro trabalho.

Se a comunidade internacional vai “conseguir alcançar os objetivos até 2030, isso dependerá dos constantes esforços para comunicar seu conteúdo e significado, bem como do empenho ativo dos grupos religiosos e da sociedade civil”, prossegue a declaração.

Mesmo porque – especifica-se no documento – nem tudo é perfeito: “alguns dos novos objetivos criam confusão”, “não distinguem entre fins e meio”, ao tempo em que não se consegue identificar prioridades.

Em particular, auspicia-se um maior controle e intervenção nas políticas de finança pública com uma “arrecadação mais eficaz das taxas e um sistema de tributação mais transparente”, a fim de reduzir fluxos financeiros ilícitos.

“No momento há ainda uma divisão: de um lado, diplomatas, ativistas das ongs e mundo acadêmico”, mais informados, e, de outro lado, “o cidadão médio, menos informado. Justiça e Paz Europa fará todo o possível para ajudar a superar essa divisão” – conclui a declaração. (RL)








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