2015-09-15 16:36:00

Confiar em Jesus misericordioso - Mensagem do Papa para Dia dos Doentes


“Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: Fazei o que Ele vos disser” – este o tema da mensagem do Papa Francisco para a XXIV Jornada Mundial dos Doentes,  que terá lugar a 11 de Fevereiro de 2016, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes. Jornada que será celebrada de forma solene na Terra Santa, frisa o Papa justificando a escolha deste tema: é que tratando-se da terra onde Jesus nasceu, achou oportuno propor que se medite sobre a narração evangélica das bodas de Caná que ali tiveram lugar. Com efeito, foi precisamente em Nazaré (onde Jesus se fez homem e veio habitar no meio de nós) que Ele escolheu fazer o seu primeiro milagre. E fê-lo a pedido de sua Mãe. O vinho tinha acabado e discretamente Maria dirigiu-se ao Filho, pedindo-lhe para fazer algo. Jesus faz-lhe notar que ainda não chegou o momento de se revelar; então Maria diz aos serventes: “fazei o que Ele vos disser”. Jesus faz, então, o milagre transformando uma grande quantidade de água em vinho.

Que lição podemos tirar disto para a Jornada Mundial do Doente ? – pergunta o Papa Francisco, dizendo que o banquete das bodas de Caná é um ícone da Igreja. No centro está Jesus misericordioso que realiza um sinal. Ele “não rejeita o pedido da Mãe. Quanta esperança há neste acontecimento para nós todos!” – exclama o Papa, fazendo notar que temos uma Mãe de olhar vigilante e bom como o seu Filho; o coração materno repleto de misericórdia, como Ele” que sacia a fome, socorre os aflitos, cura os doentes… “Tudo isto enche-nos de confiança, fazendo-nos abrir à graça e à misericórdia de Cristo”.

A solicitude de Maria reflecte-se na ternura de Deus e essa mesma ternura torna-se presente na vida de tantas pessoas que acompanham doentes e, graças ao seu olhar de amor, sabem individuar as suas necessidades.

O Papa faz ainda notar que Jesus escolhe realizar o milagre com  o auxílio dos serventes, a quem pede para encherem as vasilhas de água. Um gesto que quer simbolizar o facto de que Jesus quer a nossa ajuda e que veio para servir e não para ser servido. E é isto que nos torna semelhantes a Ele: servir, não ser servido.  Os servente confiam na Mãe de Jesus e fazem o que lhes é pedido, sem cálculos, nem lamentos.  O Papa sugere então que nesta Jornada Mundial do Doente peçamos a Nossa Senhora, que nos conceda a mesma disponibilidade ao serviço dos necessitados e, concretamente, aos irmãos doentes. Um serviço que pode ser cansativo, pesado, mas tenhamos a certeza de que o Senhor não deixará de transformar o nosso esforço humano em algo de divino.

O Papa recorda que a doença, sobretudo se grava, põe em crise a existência humana e, num primeiro momento, pode levar à rebelião, mas a fé em Deus que, nestas situações é, por um lado, posta à prova, por outro, revela toda a sua força positiva, porque nos dá uma chave para podermos descobrir o sentido mais profundo daquilo que estamos a viver, isto é “que a doença pode ser um caminho para chegar a uma proximidade mais estreita com Jesus, que caminha ao nosso lado carregando a Cruz. E esta chave é-nos entregue pela Mãe, Maria, perita deste caminho. (DA)








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