Para celebrar visita do Papa, Cuba concede novo indulto


Havana (RV) - O governo de Cuba concedeu indulto a 3.522 presos, o maior número desde a revolução de 1959, como gesto de boa vontade pela visita do Papa Francisco à ilha, informa o jornal oficial Granma.

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"O Conselho de Estado da República de Cuba (principal órgão do governo), por ocasião da visita de Sua Santidade, o Papa Francisco, e assim como aconteceu quando nos visitaram os Sumos Pontífices João Paulo II e Bento XVI, acordou indultar 3.522 sancionados, levando em consideração a natureza dos fatos pelos quais foram condenados, seu comportamento na prisão, o tempo de cumprimento da sanção e razões de saúde", afirma o jornal. "A decisão entrará em vigor no prazo de 72 horas", acrescenta.

Entre os anistiados se destacam pessoas com mais de 60 anos de idade, jovens menores de 20 anos sem antecedentes criminais, doentes crônicos, mulheres, muitos que deveriam beneficiar-se da liberdade condicional no ano 2016, e uma parte daqueles que cumprem a pena e trabalham em condições abertas, bem como estrangeiros cujo país de origem garanta a sua repatriação, explicou o órgão do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba (PCC).

As exceções

"Com algumas exceções por razões humanitárias, não foram incluídos sancionados por delitos de assassinato, homicídio, estupro, pederastia com violência, corrupção de menores, roubo e abate ilegal de gado maior, tráfico de drogas, roubo com violência e intimidação contra pessoas em suas formas agravadas, nem aqueles por crimes contra a segurança do Estado", destacou o jornal cubano.

O Papa estará em Cuba entre os dias 19 e 22 de setembro, numa viagem que o levará depois aos Estados Unidos. O Pontífice visitará as cidades da Havana, Holguín e Santiago de Cuba, no oeste do país.

Francisco, artífice da histórica aproximação entre Cuba e Estados Unidos depois de meio século, desembarcará em Havana no próximo sábado (19/09).

(CM)

 








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