Papa na África: "premissa do novo amanhecer"


Cidade do Vaticano (RV) – Como anunciado na última quinta-feira (10/11), o Papa Francisco irá pela primeira vez ao continente africano entre 25 e 30 de novembro, com visitas ao Quênia, Uganda e República Centro-Africana. 

"Por convite dos chefes de Estado e dos episcopados locais, o Santo Padre fará uma viagem pastoral à África. De 25 a 27 de novembro visitará o Quênia, de 27 a 29 de novembro Uganda e em seguida, nos dias 29 e 30, a República Centro-Africana", confirmou o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi.

Quênia e conflitos internos

As duas últimas etapas já eram conhecidas, mas a viagem ao Quênia ainda não havia sido anunciada, apesar do Pontífice ter expressado várias vezes o desejo de visitar o país.

Os três países, dois de língua inglesa e um de língua francesa, têm grandes comunidades católicas e estão imersos em conflitos.
O Quênia enfrenta os rebeldes shebab somalis, que desde 2011 multiplicam os ataques no país como represália à decisão do governo de intervir militarmente na Somália.

Em Uganda, outro país sob ameaça dos shebab, o Papa deve recordar e celebrar a canonização, em 1964 por Paulo VI, dos primeiros santos africanos, 22 jovens que foram assassinados em 1878.

A República Centro-Africana também enfrenta uma crise política e as eleições presidenciais e legislativas previstas para outubro podem ser adiadas por confrontos.

A satisfação do Arcebispo de Bangui

Dom Dieudonné Nzapalainga, Arcebispo de Bangui e Presidente da Conferência Episcopal Centro-Africana, definiu o evento como uma "premissa do novo amanhecer que esperamos para o nosso país".

A República Centro-Africana está dilacerada por uma guerra que já dura quase quatro anos. "Esperamos que a visita de Francisco ao nosso país nos ajude a superar os nossos rancores, o nosso ódio e as nossas divisões; a estendermos a mão uns para os outros, em nome Deus, e reconciliar a República Centro-Africana; a compreender que em nosso país há também pessoas que amam a Deus, que se amam e que continuam trabalhando juntas", declarou à Rádio Vaticano.

"Há grande entusiasmo" entre os fiéis com a visita. "Os centro-africanos aguardam o Papa, esperam receber a alegria trazida por este pastor; ver este homem de reconciliação caminhando em nossa terra. Deus vem até nós por meio do Santo Padre para tocar os nossos corações e habitar entre nós: todos esses símbolos são muito fortes para os centro-africanos e nós estamos ansiosos pela sua chegada".








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