Como a mídia nos EUA vê a visita do Papa


Washington (RV) -  O Papa, segundo o cânon diplomático, é um Chefe de Estado, o Vaticano, além de líder da Igreja Católica. Em Washington, será as duas coisas. Além da missa presidida na Basílica, Francisco falará às duas Câmaras do Congresso no Capitólio, um feito inédito para um Pontífice; se reunirá com o Presidente Barack Obama na Casa Branca e visitará casas de caridade da Arquidiocese. Na tarde de quinta-feira, dia 24, viajará para Nova York, onde, entre outras atividades, falará aos líderes do mundo na Assembleia Geral das Nações Unidas.

Os principais editorialistas da costa leste dos Estados Unidos, assim como analistas em Washington, são unânimes em afirmar que a visita do Papa Francisco desencadeará avivará os debates sobre temas sociais que são polêmicos para os políticos do país, como migração, casamentos entre pessoas do mesmo sexo, aborto, mudanças climáticas – este último será o tema principal do pronunciamento na ONU.

“Suas cifras de aprovação são astronômicos e é um ícone midiático (nos Estados Unidos), porém também existem sinais inconfundíveis de que vê os Estados Unidos tanto como parte do problema como parte da solução. Muitos dos principais críticos do Papa são estadunidenses, tanto dentro como fora da Igreja e seus amigos lhe advertiram de que esta poderia ser uma viagem movimentada”, afirmou o editor John Allen, do portal católico Crux y reportero no El Vaticano.

Um dos temas que geram polêmica, sobretudo na pré-campanha presidencial no país, é o migratório. E os sinais enviados por Francisco antes de sua visita, como a missa em Washington a ser celebrada em espanhol, indicam que falará a favor dos migrantes.

Segundo algumas pesquisas, o Papa Francisco goza, entre os hispânicos, os católicos e no geral, altos índices de aprovação. Allen cita a pesquisa da Pew Research Center, onde o Papa tinha 83% de aprovação em 2014. Mas estes índices tiveram uma queda, segundo pesquisa da CBS, chegando a 60%.

Não obstante seja o país capitalista por excelência, 62% dos católicos estadunidenses acredita que o enfoque de Francisco nos mais pobres é um tema essencial para a Igreja. (JE)








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