Cidade do Vaticano (RV) – As tragédias da imigração no Mediterrâneo e no resto da Europa já são quotidianas. Sobre o argumento, “as polêmicas não servem para resolver os problemas, ao contrário, enaltecem as dificuldades e afloram os ânimos”. Essas são as palavras do Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, durante uma missa num hospital em Roma, o Policlínico Gemelli.
Uma verdadeira emergência humanitária da qual não podemos nos dividir, disse o Cardeal:
“O meu apelo deveria ser, na verdade, a todos para fazer o seu dever. E se alguém
não o faz, pense em qual é a sua responsabilidade. De verdade, vamos unir as forças
para procurar responder à essa emergência. É um problema mundial, um problema que
exige uma resposta em diversos níveis, com diferentes responsabilidades, mas que deve
nos ver todos envolvidos”.
Em suma, passar a responsabilidade não serve, ao contrário, aflora os ânimos e distancia
as soluções. Vejamos o caso da Síria: para o Cardeal “é preciso chamar novamente a
atenção sobre esse drama e, sobretudo, procurar ativar tudo o que for possível, também
do ponto de vista diplomático”.
E quem acusa a Igreja de influência quando se fala de imigração, o Cardeal responde
desta forma: “Eu acredito que a Igreja deve falar e deve falar também sobre esse tema
da imigração, sobretudo no sentido de pedir a todos um espírito e uma abertura de
acolhida, a não ter medo do outro e procurar integrar as diferenças para construir
um mundo mais justo e solidário”.
Na homilia perante os doentes e os funcionários do Policlínico Gemelli em Roma, o
Secretário de Estado do Vaticano disse que “a centralidade do doente tem uma importância
também social e econômica e requer que se invistam recursos para perseguir os valores
resumidos no mandamento do amor ao próximo”. Então, “nada pode se revelar tão desastroso
para a fé e para a cultura sanitária e médica, quanto o perder de vista a totalidade
da pessoa”.
Em seguida, lembrou que em 27 de junho do ano passado, o Papa devia visitar o hospital,
mas o encontro foi desmarcado por uma indisposição de Francisco. O Cardeal, então,
disse de esperar “que esse encontro, cedo ou tarde, possa” acontecer. Depois da missa,
Parolin visitou o centro onde estão sendo assistidos os doentes de esclerose lateral
amiotrófica e de atrofia muscular espinhal, além dos setores de obstetrícia e pediatria.
(AC)
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