Papa recorda os dez anos da morte de Ir. Roger


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa recordou, ao final da Audiência geral desta quarta-feira (19/8), a recorrência dos 75 anos de fundação da comunidade de Taizé. "Desejo enviar minha saudação, junto com minha oração, aos irmãos monges em memória do amado fundador irmão Roger Schutz, de quem há três dias recordamos os 10 anos de morte. Bom caminho à comunidade de Taizé". 

Já no último domingo (16/8), por meio do Cardeal Kurt Koch, Francisco enviou uma mensagem à Comunidade de Taizé em que destaca os três importantes acontecimentos celebrados pela comunidade ecumênica 2015: o 75º aniversário de fundação, o centenário de nascimento de seu fundador, Irmão Roger, e o 10º aniversário de sua morte. O Santo Padre une-se à ação de graças da comunidade, pedindo a Deus que “suscite sempre novas testemunhas fieis até o fim”.

Francisco recorda na mensagem as palavras de Bento XVI dirigidas aos jovens em 29 dezembro de 2012 por ocasião do encontro europeu de jovens realizado em Roma, quando afirmou que o Irmão Roger “foi uma testemunha incansável do Evangelho de paz e reconciliação, animado por um fogo de ecumenismo e de santidade”. “Foi este fogo – disse o Papa Francisco - que o levou a fundar uma comunidade que pode ser considerada como uma verdadeira "parábola de comunhão", que, até hoje, vem desempenhando um papel importante para construir pontes de fraternidade entre cristãos”.

Caminho

“Ao buscar com paixão a unidade da Igreja, Corpo de Cristo – sublinhou o Papa -  Irmão Roger abriu-se aos tesouros depositados nas diversas tradições cristãs, sem com isto romper com sua origem protestante. Pela perseverança que demonstrou durante sua longa vida, ele contribuiu para modificar as relações entre cristãos ainda separados, traçando para muitos um caminho de reconciliação”.

O Irmão Roger, alimentado pelas Escrituras – observou o Santo Padre - referiu-se também aos ensinamentos dos Padres da Igreja, baseando-se nas fontes cristãs e ao mesmo tempo “ele sabia se actualizar com os jovens”. Irmão Roger “entendeu as novas gerações, tinha confiança nelas”, fazendo de Taizé um lugar de encontros “onde jovens de todo o mundo se sentem respeitados e acompanhados em sua busca espiritual”.

Morte trágica

Irmão Roger, ademais, completou o Papa, “amava os pobres, os desfavorecidos, os que, aparentemente, não contam. Ele mostrou, por sua existência e pela de seus irmãos, que a oração caminha junto com a solidariedade humana”.

O Santo Padre conclui a mensagem, dando graças a Deus “pela vida doada de Irmão Roger, até sua morte violenta”, desejando que a Comunidade de Taizé “possa manter sempre ardente os testemunhos que dá” a Cristo Ressuscitado e exorta para que “constantemente renove sua opção pelo amor”.

Ecumenismo

A Comunidade de Taizé também recebeu mensagens, entre outros, do Patriarca Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I, do Secretário Geral da Federação Luterana Mundial, Rev. Martin Junge, do Secretário Geral do Conselho Mundial de Igreja, Rev. Olav Fykse-Tveit, do Secretário Geral Adjunto da Aliança Evangélica Mundial, Rev. Wilf Gasser e da Federação das Igrejas Protestantes da Suiça, na pessoa do Dr. Martin Hirzel.(JE)








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