2015-08-16 13:25:00

RDC – Bispo de Kasongo apela à unidade. Não a discriminações étnicas


Trabalhar juntos para a unidade, desenraizando o gérmen da divisão: esta a tarefa confiada por D. Placide Lubamba, bispo de Kasongo, na República Democrática do Congo, aos seus fiéis. Numa mensagem pastoral difundida nestes dias, o prelado recorda que  “A Igreja-Família de Deus no Kasongo não é um conjunto de entidades tribais, nem uma ONG, e ainda menos um reagrupamento de aldeias”. Daí o seu convite a sacerdotes, consagrados e fiéis leigos a anunciar o Evangelho em todas as paróquias da Diocese, qualquer que sejam as suas origens culturais ou étnicas”. Tudo isto, naturalmente – continua D. Lubamba – comporta “uma mudança de mentalidade da parte de cada um”.

“Somos todos filhos do mesmo Pai, salvos pelo sangue de Cristo e, como diz o Papa Francisco, as considerações tribais e étnicas discriminatórias são a negação do próprio Evangelho” – sublinha D. Lubamba, exortando os fiéis a serem testemunhos do amor de Deus, vivendo-o, antes de mais, no seio da comunidade. Para dar testemunho  juntos deste amor de Deus – acrescenta o prelado – somos todos constantemente chamados à conversão, a fim de que “as diferenças se transformem em enriquecimento recíproco”, e não “como muitas vezes acontece, causa de divisões ou de ódio no seio das famílias, dos movimentos ou mesmo entre as obras apostólicas”. “Lutamos – exorta ainda o bispo – contra o rancor, o ódio, o ciúmes, a conivência no mal e a ausência de perdão que não cessa de nos enfraquecer”.

O Bispo de Kasongo exorta ainda os fiéis a “reconciliar-se com Deus e com os irmãos” a fim de que “mesmo não sendo fácil perdoar, através da oração Deus nos dá a força e a graça necessárias para viver um verdadeiro perdão que pacifica os corações”.  A este propósito, o prelado faz uma ampla reflexão sobre o Jubileu extraordinário, proclamado pelo Papa Francisco, e que se abrirá no próximo dia 8 de Dezembro: “Deus é misericórdia e, como Ele, nós devemos ser misericordiosos – sublinha o bispo congolês – porque afinal, “seremos julgados com base na nossa disponibilidade interior a amar e a perdoar”.

“O exercício da misericórdia – acrescenta – é o único meio à nossa disposição para colaborar na nossa salvação. Mostrando-nos misericordioso, o Senhor procura transformar o coração” dos fiéis “tornando-os, por sua vez, misericordiosos perante os outros”,  porque “experimentar a misericórdia de Deus no sacramento da penitência, transforma o coração” e “leva à necessidade de uma conversão profunda”.

Na sua mensagem, o prelado pede ainda aos congoleses  para rezarem pelas vocações sacerdotais e religiosas, de que a Igreja necessita, “homens e mulheres apaixonados por Cristo, inteiramente dedicados ao anuncio do Evangelho, que se deixam transformar pelo Senhor e participam na sua obra de libertação”. Não só: o bispo exorta a Diocese ao auto-sustento económico, voltando a sublinhar que a “Igreja-Família de Deus deve, lenta mas seguramente, lançar-se pelo caminho da autonomia financeira, para assegurar a sua missão evangelizadora. Não podemos mais ficar a esperar ajudas externas, mas começar a contar com as nossas próprias forças, mesmo sem negar as doações que manifestam a solidariedade eclesial”. Daí a exortação aos fiéis e ser generosos com a Diocese, mas também o apelo aos sacerdotes a fim de que garantam a transparência dos fundos recebidos.

Por fim, o bispo de Kasongo convida a rezar pela unidade da nação, elemento base “da paz, do desenvolvimento, do progresso da felicidade”, com o desejo de que o Senhor reforce “os laços de comunhão e fraternidade” entre os fiéis a fim de que sejam “verdadeiros artesãos de paz e construtores do amor no País e no mundo”.

(DA com SEDOC)








All the contents on this site are copyrighted ©.