Argentina recorda homicídio de Dom Angelelli


La Rioja (RV) – O homicídio de Dom Enrique Angelelli, Bispo de La Rioja, em 1976, foi recordado na terça-feira (4/8) com uma Missa celebrada na Catedral da Diocese de La Rioja (noroeste da Argentina) e por um grande número de mensagens nas redes sociais e artigos nos jornais de toda Argentina.

O homicídio de Dom Angelelli foi tratado pelas autoridades da época como se tivesse sido um acidente rodoviário. Investigações realizadas posteriormente, e que culminaram com um processo em 2014, responsabilizaram o General Luciano Benjamin Menendez e o militar Luis Fernando Estrella, condenados à prisão perpétua. Dom Angelelli foi um dos poucos sacerdotes argentinos a se opor abertamente à ditadura militar no país sul-americano.

Episódio obscuro

O assassinato do Bispo de La Rioja é um dos episódios mais obscuros do último período da ditadura argentina (1976-1983), que também viu a execução do sacerdote francês Gabriel Longueville e do padre argentino Carlos de Dios Murias.

Dom Angelelli havia denunciado os crimes publicamente. Quando viajava a Buenos Aires com a documentação sobre o caso, teve seu veículo interceptado. O prelado foi morto com um tiro de fuzil e seu carro jogado em uma ribanceira para simular um acidente.

Em 2009, o Congresso Nacional da Argentina prestou homenagem ao Bispo pela sua luta em defesa dos pobres e pela oposição à ditadura.

Nascido em Córdoba em 17 de julho de 1923, Dom Angelelli foi ordenado sacerdote na Itália e em 1961, por decisão do Papa João XXIII, foi nomeado Bispo Auxiliar de Córdoba, onde adquiriu uma formação no contato com operários, agricultores e marginalizados. Em 1968, foi nomeado por Paulo VI como Bispo de La Rioja, onde pregou os princípios ensinados pelo Concílio Vaticano II, permanecendo sempre ao lado dos pobres. (JE)








All the contents on this site are copyrighted ©.