EUA: apelo dos bispos por justo salário mínimo aos trabalhadores


Nova Iorque (RV) – O salário mínimo nacional deve ser “justo para todos os trabalhadores”, melhorando “a segurança econômica de milhões de famílias americanas” e promovendo a sua “formação e estabilidade”. Assim os bispos dos Estados Unidos, representados, nessa ocasião, pelo presidente do Comitê pela Justiça e pelo Desenvolvimento Humano, Thomas Wenski, escrevem em uma carta direcionada ao Congresso. Quem também assina o documento é o presidente das Organizações Caritativas Católicas do país, Donna Markham.

Na carta se lê que “uma economia prospera somente quando é focalizada na dignidade e no bem estar dos trabalhadores e das suas famílias. Como pastores, acompanhamos todos os dias as consequências provocadas pela falência de uma sociedade que não honra essa prioridade”. De fato, explica o documento, “em um ano, um trabalhador que trabalha em tempo integral e com um salário mínimo não consegue fazer o suficiente para tirar os próprios filhos da pobreza”. E isso se vê, segundo o presidente Wenski, porque “o salário mínimo nacional é uma cifra estática, que não muda, e assim, a cada ano, para um trabalhador, fica sempre mais difícil ‘sobreviver’”.

E não é só: os bispos enaltecem que tal situação leva a um aumento dos pedidos de serviços caritativos e de beneficência. De fato, “recentes pesquisas indicam  que 73% daqueles que recebem um subsídio público provém de uma família que tem uma pessoa que trabalha”. Daqui, o chamado que os bispos fazem a São João Paulo II, em particular à Encíclica ‘Centesimus Annus’, onde se lê: “A sociedade e o Estado devem assegurar níveis salariais adequados à manutenção do trabalhador e da sua família, incluindo uma certa capacidade de economia. Isso requer esforços para dar aos trabalhadores conhecimento e atitudes sempre melhores e tais de fazer o trabalho deles mais qualificado e produtivo; mas requer também um assíduo controle e adequadas medidas legislativas para reprimir vergonhosos fenômenos de exploração, sobretudo dos trabalhadores mais fracos, imigrantes ou marginalizados”.

“Proteger os trabalhadores de salário mínimo e promover as suas capacidades de formar e crescer uma família”, conclui a carta, “é uma responsabilidade compartilhada e fundamental pela construção de uma sociedade igualitária. E um dos modos que o Congresso pode contribuir, a essa obra de promoção do bem comum, é assegurando que o salário mínimo nacional possa promover a formação da família e a sua estabilidade”.

(AC)








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