2015-07-28 17:48:00

Caritas Grécia: compromisso com refugiados e imigrantes


“A crise económica na Grécia tornou ainda mais difícil a situação dos imigrantes que continuam a entrar no país para chegar a outros países europeus.” Foi o que disse à Caritas Internacional a religiosa Sofia Espinosa Peraldi, responsável pela Caritas de Atenas, para aonde é transferida a maior parte dos imigrantes que chegam às ilhas gregas.

Este ano, o número de imigrantes que chegou ao país quintuplicou em relação a 2014. A maior parte vem da Síria, Afeganistão, Nigéria, Serra Leoa e República Democrática do Congo, países devastados pela guerra e por limpezas étnicas. Uma situação que se tornou incontrolável para as autoridades gregas por causa da falta de fundos e funcionários para dar assistência humanitária e jurídica a essas pessoas. Esta situação está a criar problemas também para as organizações humanitárias que também ajudam os cidadãos gregos. “A vida dos gregos, dos imigrantes e o nosso trabalho tornaram-se mais complicados com a crise”, disse a responsável pela Caritas de Atenas.

Os mais vulneráveis são os refugiados, os requerentes de asilo e os imigrantes que precisam de ajuda urgente. As dificuldades para os imigrantes regulares, mas também para os novos chegados são cada vez maiores. O índice de desemprego entre os gregos reduz muito a possibilidade para os imigrantes de encontrar trabalho, obrigando-os a trabalhar sem carteira assinada, entrando deste modo na ilegalidade.

Para enfrentar esta emergência, a Caritas de Atenas lançou, em janeiro passado, um programa de ajuda aos refugiados sírios que vivem na capital grega, financiado pela Caritas Italiana, e quer estender esse programa às ilhas com a ajuda da Catholic Relief Services, obra caritativa da Conferência Episcopal dos Estados Unidos.

Os gregos também procuram as estruturas da Caritas para comer. Segundo a religiosa, “estão sendo reduzidas as doações para as Igrejas ortodoxa, católica e protestantes que ajudam os imigrantes. Os gregos se encontram numa situação de desespero. Todavia, não viraram as costas para a emergência, sobretudo nas ilhas”.


“Não obstante as dificuldades estamos a ver muita solidariedade da parte dos moradores das ilhas. Muitos gregos dedicaram o seu tempo para ajudar a levar comida e roupas aos refugiados”, concluiu irmã Peraldi. (BS/MJ)








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