Damasco (RV) – No Angelus deste domingo, o Papa voltou a pedir a libertação de todos os sequestrados em regiões de conflito e citou, de modo especial, o sacerdote jesuíta Paolo Dall’Oglio e dois bispos ortodoxos, mantidos como reféns na Síria.
Sobre a situação de violência que perdura no país, a Rádio Vaticano contatou o Núncio Apostólico, Dom Mario Zenari, que denuncia a falta de empenho da comunidade internacional para a resolução do conflito:
Dom Zenari: – O esquecimento é um mal que se soma ao mal que já existe. Quando um conflito se prolonga por longo tempo, corre o risco de cair no esquecimento e isso prejudica a todos.
RV:- Qual é a situação atual?
Dom Zenari:– A situação é realmente muito alarmante: são mais de quatro milhões de refugiados nos países vizinhos, e sete milhões e meio de deslocados internos. E além dos mortos, dos feridos, há uma ameaça comum a todos: a ameaça da bomba da pobreza. Cerca de 60% das pessoas não têm trabalho, os preços aumentam continuamente: a "bomba da pobreza" faz mal a todos e atinge todo mundo. Repete-se continuamente, inclusive no âmbito das Nações Unidas, que não se deve dar uma solução militar: é preciso encontrar urgentemente uma solução política e é preciso que a comunidade internacional faça mais esforços. Não se pode mais permitir que se chegue a meses e meses de guerra.
RV:- Recentemente o senhor foi recebido pelo Papa: qual é a palavra de Francisco que leva no coração, que mais o ajuda a desempenhar esta delicada tarefa?
Dom Zenari:– A sua proximidade … O Papa tem um coração para esses sofrimentos, está próximo dessas pessoas que sofrem e isso eu senti, toquei com as mãos.
(BF)
All the contents on this site are copyrighted ©. |