Papa exorta a interagir positivamente nas atividades minerárias


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa enviou uma Mensagem ao Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, por ocasião do Dia de Reflexão, intitulado “Ouvimos um grito, unidos a Deus,” que se realiza, por dois dias, a partir desta sexta-feira (17/7), no Centro de Congressos Salesianum, em Roma.

Em sua mensagem, o Papa cumprimenta os participantes que, em diversos modos, experimentaram em suas comunidades as repercussões das atividades minerárias. Hoje, numerosas pessoas famílias e comunidades sofrem, direta ou indiretamente, por causa das consequências muitas vezes negativas, das atividades minerárias.

Tais comunidades, afirma Francisco, levantam a sua voz pelos seus terrenos perdidos, pela extração de riquezas do solo, e tentam reagir às violências, às ameaças e à corrupção.

Voz

Trata-se de um grito de indignação e de socorro pelas violações dos direitos humanos, clamorosamente espezinhados no que se refere à saúde das pulações, às condições de trabalho, à escravidão e ao tráfico de pessoas, que alimenta o trágico fenômeno da prostituição.

Trata-se também de um grito de tristeza e de impotência, recorda o Pontífice, pela contaminação das águas, do ar e dos solos; um grito de incompreensão pela ausência de processos inclusivos e de apoio por parte das autoridades civis, locais e nacionais, que têm, fundamentalmente, o dever de promover o bem comum.

Dom

Os minerais e, de modo geral, as riquezas do solo e subsolo, afirma o Papa, constituem um precioso dom de Deus, que a humanidade utiliza há milênios. Com efeito, os minerais são fundamentais para numerosos setores da vida e da atividade humana.

Em sua Encíclica “Laudato si”, o Santo Padre quis dirigir um premente apelo a colaborar para cuidar da nossa Casa comum, contrastando as dramáticas consequências do degrado ambiental na vida dos mais pobres e excluídos, buscando um desenvolvimento integral, inclusivo e sustentável.

Todo o setor minerário, ressalta o Papa, é chamado a realizar uma radical mudança de paradigma para melhorar a situação em muitos países. Para que isto seja possível, podem dar a sua contribuição os Governos dos países onde atuam as empresas multinacionais, como os investidores, empresários, autoridades locais, operários e seus representantes, os consumidores.

Mudança de concepção

Todas estas pessoas são convidadas a adotar uma ação inspirada na certeza de que constituímos uma única família humana. Por isso, Francisco “encoraja as comunidades, representadas neste encontro de reflexão, a encontrar meios para interagir, de modo construtivo, com todos os outros personagens envolvidos, mediante um diálogo sincero e respeitoso”.

“Que esta ocasião, conclui o Papa, possa contribuir para uma maior consciência e responsabilidade sobre os temas abordados. É partindo da dignidade humana que se cria aq cultura necessária para enfrentar a crise atual”. (MT)








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