500 anos da Reforma, uma oportunidade de reconciliação


Berlim (RV) – “O crescimento da confiança entre as nossas duas Igrejas nos permite pensar em alguns âmbitos, em uma preparação partilhada da comemoração do cinquentenário da Reforma de 2017”. Foi o que escreveu o Presidente da Comunidade Evangélica da Alemanha (EKD), Pastor Heinrich Bedford-Strohm, ao Presidente da Conferência Episcopal alemã, Cardeal de Munique e Freising Reinhard Marx, em vista do 31 de outubro de 2017, data que recorda os 500 anos da fixação das 95 teses no portão da Schlosskirche de Wittenberg por parte de Martinho Lutero. É o que reporta a agência Nev.it, da Federação das Igrejas Evangélicas na Itália, que também divulga alguns eventos já programados para a ocasião pela EKD.

Alguns eventos previstos

Para a segunda metade de outubro de 2016 está prevista uma peregrinação ecumênica à Terra Santa. Outrossim, trabalha-se na organização de uma conferência conjunta sobre Sagrada Escritura, a ser realizada no outono de 2016. Para 11 de março de 2017, está prevista para se realizar em Berlim uma celebração ecumênica de reconciliação. Em 14 de setembro de 2017, a Comunidade Evangélica da Alemanha - juntamente com representantes do episcopado católico e outras parcerias ecumênicas – convida para uma celebração por ocasião da Festa de Exaltação da Cruz. Enquanto para o outono de 2017 está programado um simpósio ecumênico que tem por objetivo a redação de uma declaração conjunta de católicos e protestantes sobre o futuro dos cristãos em uma sociedade sempre mais secularizada.

Vínculos de fé

Para o Cardeal Marx, o convite da EKD  é “a expressão de relações baseadas na confiança recíproca. É a demonstração de que a EKD quer celebrar o jubileu da Reforma, não sem envolver os seus parceiros ecumênicos”. De fato, com o diálogo ecumênico dos últimos decênios – afirma o purpurado – criou-se a consciência de que “a nossa fé em Jesus Cristo, a leitura das Sagradas Escrituras e o vínculo sacramental do Batismo, nos ligam profundamente”.

Testemunho de unidade

Com a comemoração da Reforma, católicos e evangélicos alemães têm a responsabilidade comum de “não colocar em perigo a proximidade alcançada; antes pelo contrário, temos a responsabilidade de tornar visível a nossa unidade na fé e de dar a ela uma forma que permita aos cristãos sentirem-se fortalecidos, e àqueles que estão afastados de nossas Igrejas, de nos perceberem como irmãos e irmãs na fé”. (JE/Osservatore Romano)








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