Papa na Bolívia: além das expectativas


Santa Cruz de la Sierra (RV) – Com uma visita além das expectativas, nesta sexta-feira o Papa Francisco se despede da Bolívia.

Missa

Foram horas vividas com grande intensidade. Ontem, mais de um milhão de peregrinos desafiaram o frio, o vento e o cansaço para participar da missa na Praça do Cristo Redentor e ouvir de Francisco que é preciso sair de uma lógica do descarte e abraçar a lógica da comunhão.

Religiosos

Depois, com os sacerdotes, religiosos e seminaristas, Francisco se sentiu em casa no Coliseu Dom Bosco. O Papa interrompia o discurso preparado para contar fatos, anedotas de sua vida pessoal, para a alegria e a comoção dos presentes. Pediu a todos eles que não se esqueçam de suas origens, que não se esqueçam que também eles saíram do meio do rebanho.

Movimentos Populares

Já o último evento do dia foi o longo encontro com os movimentos populares. Os participantes ficaram de pé para aplaudir o Papa, quando reconheceu que foram cometidos, em nome de Deus, muitos e graves pecados contra os povos nativos da América. Mas recordou que revolucionária é a fé em Jesus Cristo.

Antes de voltar para sua residência, Francisco visitou na clínica “Incor” o seu anfitrião, o Cardeal Julio Terrazas Sandoval, internado em condições críticas.

Detentos

Hoje, logo mais, o Pontífice deixa a Bolívia rumo ao Paraguai, a terceira e última etapa de sua viagem à América Latina. E a despedida será dura para os bolivianos. Mas, até lá, o Papa fará um dos eventos mais aguardados de sua passagem por Santa Cruz de la Sierra: a visita ao cárcere de Palmasola. Enquanto o Brasil se questiona quanto à vantagem de reduzir a idade penal, o Pontífice recorda que a misericórdia de Deus é para todos. Todos, sem exclusão.

Palmasola não é uma prisão convencional. No regime semiaberto, os detentos não vivem em celas, mas em casas, podem circular livremente pelo pavilhão e receber a visita diária dos familiares, que podem inclusive pernoitar ali. Embora diferente no aspecto organizativo, enfrenta as mesmas problemáticas das prisões brasileiras, como superlotação, abandono sociojurídico e corrupção. Quem nos fala deste cárcere é o responsável nacional da Pastoral Carcerária e organizador desta visita do Papa a Palmasola, o brasileiro Pe. Leonardo da Silva:

De Santa Cruz de la Sierra para a Rádio Vaticano, Bianca Fraccalvieri








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