RCC: 30 mil com o Papa Francisco à luz do ecumenismo e dos mártires


Cidade do Vaticano (RV) – “Vias de unidade e de paz. Voz em oração pelos mártires de hoje e por um ecumenismo espiritual” é o tema do encontro na tarde desta sexta-feira (3/07) na Praça São Pedro, na presença do Papa Francisco. De fato, na sua 38ª Convocação, a Renovação Carismática italiana promove este encontro de espiritualidade, testemunhos e de fraternidade entre confissões diferentes. O evento, que foi apresentado esta manhã na Sala Marconi da Rádio Vaticano, será transmitido , com comentários em português, a partir das 12h40, hora de Brasília.

“Um cenáculo de oração com vozes diferentes pelos mártires de hoje”. O Presidente da Renovação Carismática italiana, Salvatore Martinez, apresentou assim a iniciativa que se concluirá com o abraço ao Papa Francisco. As trinta mil pessoas previstas, se deixarão conduzir pela oração e pela música para falar do ecumenismo de sangue – expressão cunhada pelo próprio Papa Francisco - e o ecumenismo espiritual, caminho de unidade e paz entre os povos. Para Salvatore Martinez, é uma retribuição à visita do Papa Francisco ao Estádio Olímpico no ano passado, ocasião em que entregou à Renovação a missão de oferecer um testemunho de ecumenismo espiritual:

“O Papa está convocando todos os homens e mulheres de paz do mundo, aqueles que têm a peito a oração, para que, superando também as tradições, as pertenças, as confissões religiosas, mostrem que este nosso mundo, sempre mais inquieto pelas violências, pelas opressões, pelas injustiças, pode ainda mostrar este rosto belo, fecundo, da unidade e da paz”.

“Diante da unidade ferida e dividida, a oração é a única coisa de que temos necessidade”, sublinhou por sua vez o Metropolita e Vigário Patriarcal da Diocese sírio-ortodoxa dos Países Baixos, Dom Policarpo Eugenio Aydin. Um conceito destacado também pelo próprio Salvatore Martinez:

“Aquele de amanhã à tarde, não é um gesto ideal, mas é um grande gesto de realismo. O realismo da fé, o realismo da oração. Não fecharemos os olhos, os manteremos abertos na realidade, na esperança de que seja realmente transfigurado por nossos bons propósitos de diálogo e de paz”.

O representante do Arcebispo de Cantuária junto à Santa Sé, Dom David Moxon, falou por sua vez sobre o ecumenismo de sangue:

“Quando te encontras diante do ecumenismo de sangue? Quando – disse o Papa – um cristão é morto e o homicida não pergunta a qual denominação pertence. Assim, o sangue de uma pessoa morta é o testemunho universal de todos os cristãos. E isto pode ser estendido a todos os fiéis no mundo. As duas coisas de que temos necessidade são o ecumenismo espiritual e o ecumenismo de sangue. Eu sei e eu vi que a maior parte das grandes confissões do mundo têm fé no Papa quando diz estas coisas. Ele é a pessoa que pode chamar-nos a todos a fazer a diferença agora”.

Os artistas de ponta deste evento serão Andrea Bocelli e a israelense Noa, que recordou as tantas vezes que cantou na Praça São Pedro. A intérprete afirmou apreciar os esforços do Papa Francisco em favor da paz no Oriente Médio, pelas pontes que está lançando e a ele dirigiu uma afetuosa mensagem:

“Caro Papa Francisco, com as tuas palavras e ações, dás um significado novo à única frase que dá um sentido à própria vida. ‘Ama o teu irmão como a ti mesmo’. Obrigado Santo Padre, pela luz que espalhas, da qual temos tão desesperadamente necessidade na obscuridade que nos circunda. Possam os teus esforços gerar frutos, aproximar todos nós no espírito de generosidade e sobretudo à paz”. (JE)








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