Síria: mulheres acusadas de bruxaria são decapitadas


Damasco (RV) - O autodenominado Estado Islâmico (EI) decapitou nesta última terça-feira na Síria duas mulheres, acusadas de bruxaria, junto com seus maridos, enquanto bombas do regime mataram 30 pessoas naquele país.

É a "primeira vez" que a organização extremista sunita, que multiplica as atrocidades cometidas nas zonas sob seu controle no Iraque e na Síria, executa desta maneira duas mulheres, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), indicando que o grupo já fez isso com duas combatentes curdas mortas previamente em combate.

As execuções ocorreram no domingo e segunda-feira em Mayadin, na província de Deir Ezzor (leste), diante de uma multidão, segundo o OSDH, que informou que as mulheres e seus maridos foram condenados por acusações de "feitiçaria e magia", ambos pecados no Islã.

De acordo com um vídeo recebido por esta ONG, o carrasco, mascarado e vestido com uma longa túnica, fez uma oração antes de decapitar com um golpe de espada um dos dois casais, ajoelhado. Em uma busca na casa das condenadas, os jihadistas encontraram amuletos e um papel escrito e costurado em um tecido, o que é considerado bruxaria.

O uso desses objetos é comum em áreas rurais para resolver problemas conjugais ou para afastar o mau olhado, explicou um ativista local.

Acusado de crimes contra a humanidade pelas Nações Unidas, o EI já decapitou muitos homens em execuções em massa, apedrejou mulheres suspeitas de adultério e infligiu mortes atrozes a homossexuais.

Desde a proclamação de seu "califado" há um ano nos territórios que controla na Síria e no Iraque, o EI executou mais de 3 mil pessoas na Síria, dos quais 1,8 mil civis e 74 crianças, de acordo com a ONG. (SP)








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