Os jovens levam a cultura do encontro às periferias existenciais

Turim (RV) – A visita do Papa a Turim movimenta a juventude da cidade, da região e de outros países. À presença de Francisco, soma-se a celebração dos 200 anos de nascimento do Padroeiro da Juventude, Dom Bosco.

Como resultado dessa soma, a casa-mãe dos salesianos se transformou em uma grande comunidade jovem ao ar livre. Uma peregrinação que, nestes dias, em Turim, assumiu o rosto jovem de uma alegria sem fronteiras.

Grupos de jovens em marcha pela cidade passam pelos mesmos lugares que também eram – e talvez ainda sejam – as periferias existências no tempo dos santos sociais de Turim: Dom Bosco, Cottolengo, Barolo e Faa’ di Bruno.

África

Em visita ao complexo do Cottolengo, encontrei uma jovem religiosa do Quênia,  irmã Jane Karegi. Ela é o retrato da globalização da congregação, hoje presente em todos os continentes. O desafio da periferia existencial de irmã Jane é promover a paz entre cristãos e muçulmanos. Ela pensa que se o Papa for ao seu país, ele possa ajudar no diálogo e levar esperança a quem sofre com o terrorismo e a perseguição religiosa.

 “Acho que será uma grande oportunidade para o povo da África, espero que ele possa visitar o Quênia. Ele poderá então com isso provocar alguma mudança no coração, principalmente naqueles que, de tempos em tempos, se envolvem em atos terroristas”.

Oratório salesiano

Na grande vigília antes da celebração do Papa em Turim, milhares de jovens se reuniram em um local simbólico para a cidade: a ex-fábrica da FIAT, que representava um tempo de estabilidade e trabalho. Hoje, os jovens por aqui enfrentam o desemprego, cerca de 40% deles não trabalham na região.

Alessandro Porrini, de 21 anos – que esteve na JMJ do Rio em 2013, quis destacar que, apesar da falta de trabalho, era uma festa para celebrar a cultura do encontro promovida pelos oratórios salesianos.

“Para mim, os oratórios são um lugar fantástico onde os jovens tem a possibilidade de entrar em contato com outros jovens da mesma idade e com a palavra de Cristo. Este, para mim, é um encontro que deve ser valorizado o máximo possível”.

(RB Turim RV)