Francisco responde aos jovens sobre amor, confiança na vida e amizade


Turim (RV) – O Santo Padre encerrou suas atividades, neste primeiro dia de Visita Pastoral a Turim, com o encontro com a juventude, na Praça Vitório Vêneto da cidade, durante o qual alguns jovens lhe dirigiram algumas perguntas, que tocaram o coração do Evangelho.

O Papa havia preparado um discurso para os milhares de jovens presentes, mas, depois, decidiu falar espontaneamente, segundo os ditames do seu coração.

No entanto, propomos aos nossos ouvintes o discurso que Francisco havia preparado, partindo das questões levantadas pelos jovens presentes. A primeira, sobre o amor, nos interroga sobre o profundo sentido do amor de Deus, que nos foi oferecido mediante a doação total de Jesus na Cruz. De fato, podemos contemplar esta sua doação através do mistério do Sudário, que representa o ícone do “maior amor”. 

“A grandeza do amor se revela em ter cuidado dos mais necessitados, com fidelidade e paciência; em tornar-se pequeno pelos outros, como Jesus; em se tornar próximo, tocar a carne de Cristo nos pobres e nos últimos, nos apelos e solicitudes dos que nos circundam. Desta forma, o amor de Deus entra, transforma e torna grandes as pequenas coisas”.

À luz desta transformação, fruto do amor, Francisco se referiu à segunda pergunta, ou seja, sobre a confiança na vida. A falta de trabalho e de perspectivas para o futuro podem, certamente, contribuir para deter até o próprio movimento da vida: autodefesa, pensar só em si, pensar só no bem pessoal, limitar a própria generosidade, que pode gerar certa resignação e cinismo.

Neste sentido, o Papa recordou o caminho oposto, proposto por Jesus: “Quem quiser salvar a sua vida, a perderá; e quem a perder, por minha causa, a salvará”. E apresentou alguns modelos de vida, de audácia evangélica, como a do Beato Pier Giorgio Frassati, um jovem daquela região, que tinha como lema: “Viver, não passar tempo”. Este caminho levar a experimentar, em plenitude, a força e a alegria do Evangelho, a reencontrar a confiança no futuro.

Uma grande paixão do Beato Frassati, recordou o Santo Padre, era a amizade, tema da terceira pergunta: “Como podemos viver abertamente a amizade, capaz de transmitir a alegria evangélica”? E Francisco replicou com uma pergunta: “Vocês sabiam que são pequenos ramos da videira que é Jesus”? E acrescentou: “Eu lhes garanto que, se pensarem com fé nesta realidade, sentirão escorrer em vocês a linfa do Espírito Santo. Assim vocês produzirão muitos frutos e se tornarão corajosos, pacientes, humildes; serão capazes de compartilhar, serem diferentes, se alegrar, chorar com quem chora, querer bem aos outros. Desta maneira, vocês anunciarão o Evangelho!” (MT)








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