Raramente senti uma tão grande expectativa por uma Encíclica e raramente vi a Igreja Universal unida e envolvida no assumir-se uma responsabilidade comum perante a Criação” – a afirmação é do Padre Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, nesta quinta-feira dia 18 de junho, na abertura da apresentação aos jornalistas da Encíclica do Papa Francisco: “Laudato si, sobre o cuidado da casa comum”.
A Encíclica foi apresentada na Sala Nova do Sínodo pelo Cardeal Peter Turkson, Presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, pelo Metropolita de Pérgamo, John Zizoulas da Igreja Ortodoxa e representante do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla e pelo Prof. John Schellnhuber, fundador e diretor do Instituto de Potsdam para a Pesquisa dos Impactos Climáticos. De registar, desde logo, a proposta do Metropolita de Pérgamo, Zizoulas, de ser celebrada uma jornada de oração comum entre ortodoxos e católicos pelo ambiente no próximo dia 1 de setembro.
O primeiro a usar da palavra foi o purpurado ganês que afirmou que a Igreja não pretende tomar o lugar de ninguém no debate das questões ambientais e evidenciou que o Santo Padre convida a escutar os pobres e os “descartados” do mundo, solicitando uma mudança de rumo, que assuma a responsabilidade e a beleza de um compromisso para o cuidado da casa comum através de ”uma “conversão ecológica”– afirmou o Cardeal Peter Turkson:
“Papa Francisco convida a escutá-los, solicitando todos e cada um a uma ‘conversão ecológica’...”
O Metropolita de Pérgamo, John Zizioulas, fez na sua intervenção uma proposta para o dia 1 de setembro: uma oração conjunta pelo ambiente, tendo afirmado que a Encíclica do Santo Padre é um apelo à unidade na oração:
“"Pope Francis’ Encyclical is a call to unity..."
O Metropolita Zizoulas afirmou que a Encíclica do Papa é um apelo à unidade, na oração pelo ambiente, para a conversão dos corações e dos estilos de vida para que se respeite cada dom de Deus. “A isto nós respondemos com um Amen do fundo do coração” – sublinhou o Metropolita John Zizoulas.
O Prof. John Schellnhuber elogiou o esforço do Papa Francisco para unir a fé e a razão. O cientista alemão falou do aquecimento global e dos difíceis desafios do presente devido às consequências desastrosas do aumento da temperatura.
A conferência de imprensa contou ainda com a presença da economista Carolyn Woo, natural de Hong Kong e presidente do ‘Catholic Relief Services’ que afirmou que a preocupação ecológica tem de ser uma prioridade para o mundo empresarial. (RS)
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