Condenação unânime de ataque à igreja na Terra Santa


Jerusalém (RV) – A Assembleia dos Bispos Católicos da Terra Santa condenou com veemência o atentado incendiário contra o Santuário do milagre da Multiplicação dos Pães e dos Peixes, em Tabgha, que além dos danos materiais, provocou a internação de um monge beneditino e de uma voluntária alemã, intoxicados por fumaça. Também a Embaixada de Israel junto à Santa Sé condenou o ataque.

“Trata-se de um ato violento realizado por indivíduos intolerantes e sem escrúpulos que danificam a imagem da Terra Santa, ofendendo os cristãos do país e a Igreja Católica na sua totalidade. Eles causam dano também á ideia de um Estado que se define como democrático, tolerante e seguro”, diz a mensagem divulgada nesta sexta-feira (19) pelos Bispos Católicos.

Esta é a terceira vez que a comunidade beneditina da Terra Santa é objeto de ataques intimidatórios. Em abril de 2014, sempre em Tabgha, jovens hebreus extremistas haviam lançado pedras contra duas cruzes e um altar externo, enquanto na Abadia beneditina do Monte Sião, em 26 de maio de 2014,  a dois passos do Cenáculo, , poucos minutos após a partida do Papa Francisco, foi provocado um incêndio.

“Os monges beneditinos do Monte Sião – escreve a nota – são frequentemente objeto de atos de desprezo e de violência”. O novo ato criminoso “fere gravemente a coexistência das comunidades religiosas do país” e se repete ainda uma vez que “a educação dos jovens nas escolas religiosas deve ser orientada em favor da tolerância e da coexistência”. Além disto, ao agradecer os políticos que condenaram o ato de violência, o comunicado destaca que “nestes últimos meses, outros ataques foram realizados contra mesquitas ou lugares cristãos, sem que tenha sido aplicada qualquer tipo de sanção”.

Após o atentado incendiário contra a Igreja da Multiplicação dos Pães e dos Peixes, um condenação imediata do ato foi expressa também pela Embaixada de Israel junto à Santa Sé. Em um comunicado, a representação diplomática deplora as ações intimidatórias contra locais de culto perpetradas na Terra Santa, definindo-as “em total contraste com os valores e as tradições de Israel. Israel – lê-se no comunicado – é uma democracia que garante plena liberdade a todos os fieis. Este ato deplorável não representa  de nenhum modo o Estado de Israel e os seus valores”. (JE)








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