Papa Francisco encontrou os bispos de Porto Rico

Segunda-feira, 8 de junho: destaque para a audiência concedida pelo Papa Francisco aos bispos de Porto Rico, presentes em Roma em visita Ad Limina Apostolorum.

As palavras de saudação ao Santo Padre foram proferidas por D. Roberto Nieves, arcebispo de S. Juan e Presidente da Conferência Episcopal de Porto Rico. O Papa Francisco agradeceu-as e começou por destacar no início do seu discurso a importância da “fidelidade e tenacidade de tantos religiosos, missionários e leigos” que durante a história da Igreja naquele país souberam “comunicar a alegria do anúncio de Cristo Salvador” num país que possui uma das três primeiras dioceses do continente americano.

Aos bispos pediu que continue a existir “confiança mútua” e “comunicação sincera” entre o clero e os fiéis, para que, assim, se construa a unidade querida por Cristo. “Não gastem energias em divisões” – afirmou o Papa que declarou a intensidade da comunicação como fundamental para a missão.

O Santo Padre deixou claro no seu discurso que é importante “tomar distância de toda a ideologização ou tendência política” que podem fazer perder tempo e o verdadeiro ardor pelo Reino de Deus. O Papa referiu ainda que o bispo é modelo para os seus sacerdotes e deve animá-los na renovação espiritual e recordou, a propósito do Jubileu da Misericórdia, que os sacerdotes devem ser “servidores do perdão de Deus, sobretudo no Sacramento da Reconciliação”.

A pastoral vocacional e formação permanente dos fiéis foram outros dos assuntos abordados pelo Papa Francisco no seu discurso, tendo recordado os exemplos de dois insignes leigos porto-riquenhos: o Beato Carlos Manuel Rodríguez Santiago e o Venerável Rafael Cordero y Molina.

O Santo Padre referiu ainda a necessidade de consolidar, cada vez mais, a pastoral familiar perante os graves problemas sociais da emigração, da violência doméstica, do desemprego, do narcotráfico e da corrupção. Recordou também a ideologia do género e os seus perigos e o Papa reafirmou que “homem e mulher não são para a contraposição e subordinação mas para a comunhão e geração”.

No futuro próximo da Conferência Episcopal de Porto Rico está a implementação do Plano Pastoral de Conjunto, ao qual o Papa Francisco se referiu, na conclusão do seu discurso, declarando ser um dos maiores desafios atuais do trabalho apostólico naquele país. (RS)