Bartolomeu I: Vida nova para o ambiente marinho


Istambul (RV) - O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, escreveu uma mensagem para o Dia Mundial dos Oceanos, celebrado nesta segunda-feira (08/06).

Nela o patriarca faz um apelo a todos os líderes políticos para que adotem o mais rápido possível medidas novas para proteger e tutelar as águas do Planeta. Com o lema “Oceanos saudáveis, Planeta saudável”, o dia este ano, instituído pela ONU em 8 de junho de 1992, por ocasião do encontro sobre a Terra realizado no Rio de Janeiro, quer chamar a atenção sobre um tema que envolve todo o Planeta.

Bartolomeu recorda na mensagem que a água é “um dos dons mais preciosos de nosso Criador que devemos preservar e conservar”. O patriarca sublinha que nos últimos vinte anos ele e a Igreja ortodoxa procuraram chamar a atenção “sobre as condições de deterioração de nossos oceanos. “Agora, mais do que nunca, adverte Bartolomeu, é importante reconhecer a necessidade de respeitar e proteger este precioso e irrenunciável recurso de nosso Planeta”, único meio para a sustentabilidade do ambiente e a biodiversidade.

Segundo o patriarca, os seres humanos, dependendo cada vez mais de combustíveis fósseis, prestam pouca atenção à salvaguarda da Criação. “As emissões de gás que causam o efeito estufa estão aumentando cada vez mais, ofuscando de maneira irreversível a atmosfera terrestre e provocando manifestações negativas na mudança climática. Além disso, mais da metade do dióxido de carbônio deixado na atmosfera se dissolve nos oceanos criando uma crescente acidificação que destrói o ecossistema marinho danificando as barreiras coralinas e matando outras criaturas do mar”, recorda o Patriarca Ecumênico de Constantinopla.

Por ocasião do Dia Mundial dos Oceanos foram organizados cerca de quatrocentos eventos nos cinco continentes para denunciar a situação desastrosa dos ecossistemas marinhos, continuamente ameaçados, diretamente ou indiretamente, pelas atividades humanas. 

“Não reduzir o impacto ambiental das atividades humanas significaria condenar os mares, provocando danos incalculáveis para o ser humano. Podemos e devemos assumir a responsabilidade por uma mudança positiva e permanente. Ao invés de abraçar ou confirmar modelos destinados ao lucro e ao desenvolvimento a todo custo, chegou a hora de fazer escolhas justas e mudanças criativas”, conclui Bartolomeu I. (MJ)








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