Parlamento libanês fracassa na eleição do novo Presidente


Beirute (RV) – O Parlamento libanês, reunido na quarta-feira (03/06) pela 24ª vez para eleger um presidente para o país, não conseguiu chegar a um consenso. Assim, o cargo segue vacante desde 25 de maio de 2014, pelas divergências existentes entre as forças políticas. A próxima reunião para eleger o Chefe de Estado libanês foi fixada pelo Presidente da Câmara, Nabih Berri, para 24 de junho.

Este novo fracasso em eleger um sucessor para o Presidente Michel Suleiman, coincidiu com a visita ao Líbano do emissário do Papa, Cardeal Dominique Mamberti, em viagem ao País dos Cedros na tentativa de auxiliar no desbloqueio do processo político e tratar do problema dos cristãos no Oriente Médio. Ao final do encontro com o Patriarca Maronita Bechara Boutros Raï,  o Prefeito do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica falou sobre a necessidade de se acelerar a eleição presidencial para preservar o trabalho das instituições. A falta de um Presidente mergulhou o país numa crise e paralisou o Parlamento.

Sistema representativo

Segundo o sistema político em vigor no Líbano, um cristão maronita deve ser o Presidente, um muçulmano sunita o Primeiro-Ministro e um muçulmano xiita o Presidente do Parlamento. Na noite de quarta-feira, os dois líderes cristãos mais representativos, Michel Aoun e Samir Geagea, que junto com Henri Helu, aspiram ocupar a presidência, reuniram-se para assinar uma declaração de intenções, o que seria um primeiro passo para uma reconciliação e abrir caminho para a eleição.

A primeira sessão plenária teve lugar em 23 de abril de 2014, mas nenhum dos candidatos na disputa obteve 2/3 dos votos (86 de 128). As reuniões seguintes não atingiram quórum pois foram boicotadas pelas Forças do 8 de março, favoráveis ao regime sírio e lideradas pelo Hezbollah. (JE)








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