A Cáritas Nacional de Cabo Verde esteve representada na Assembleia da Cáritas Internacional e na Conferência da Cáritas-África, realizadas em Roma de 10 a 18 deste mês de Maio, pelo seu Presidente e pela Secretária: o Cardeal Arlindo Furtado e a Drª Marina Almeida.
Em entrevista à nossa emissora no final do encontro, o Cardeal A. Furtado disse que se tratou duma Assembleia muito positiva, com um crescimento espiritual de fraternidade em relação à Assembleia anterior. Insistiu-se também - disse - na formação dos corações e em termos de competência para que, a todos os níveis da Cáritas, haja o mesmo espírito, o mesmo empenho, a mesma paixão e procedimentos na elaboração e implementação de projectos tendentes a ajudar os pobres.
Ele próprio, sentiu ter saído dessa Assembleia com muito maior consciência de que é preciso fazer mais para que a Cáritas seja sinónimo de um grande dinamismo, um grande movimento baseado no amor de Cristo que leva a acolher o outro, sobretudo o mais necessitado.
Nos últimos quatro anos a Cáritas internacional, e com ela todas as outras, passou por um processo de transformação e adequação dos Estatutos por forma a partilhar as boas práticas, harmonizar as orientações, adequar as normas de contabilidade, transparência, controle de actividades, etc.; um processo que envolveu também a Cáritas Nacional de Cabo Verde, que participou em três ciclos de formação proporcionadas pela Cáritas Internacional – explica por sua vez Marina Almeida que esteve com a mão na massa neste processo de transformação. Além disso, a Cáritas de Cabo Verde – acrescenta – levou avante projectos centrados na segurança alimentar, na autonomização das famílias e na agro-ecologia, sem contar situações de emergência, como a erupção vulcânica na Ilha do Fogo, onde a Cáritas se fez presente junto das pessoas, dando conforto e distribuindo mesmo kits íntimos que foram muito apreciados pela população.
Na conversa com o Cardeal Arlindo e com a Drª Marina Almeida, falamos ainda dos desafios que a Cáritas Nacional tem pela frente, e que segundo o seu actual Presidente prendem-se com a consolidação das Cáritas Diocesanas, organizar um leque de pessoal com profissionalismo e coração aberto a Cristo para levar avante os trabalhos dessas duas Cáritas Diocesanas. Nisto podem servir-se da larga experiência da Cáritas Nacional, implantada, oficialmente, desde 1976 no país, mas há também o desafio dos meios internos e externos para projectos a favor dos pobres.
O Cardeal A. Furtado louva também o trabalho da equipa da Cáritas-África que cessou agora a sua actividade, com esperança de que a nova equipa consolide o trabalho feito e continue a fazer progredir essa Cáritas regional.
Por seu lado Marina Almeida, observa que o grande desafio é que as Cáritas de cada País e cada Diocese faça o próprio trabalho, mas recorda também as palavras do Papa Francisco, para quem não existem pequenas e grandes Cáritas, todas são importantes. Então que haver um esforço para que nenhuma se sinta isolada como acontece, por vezes, com as Cáritas de Cabo Verde e da Guiné-Bissau no seio dos francófonos e anglófonos, devido à questão da língua.
Clique em baixo e oiça o Cardeal Arlindo Furtado
Marina Almeida e o Cardeal Arlindo Furtado
All the contents on this site are copyrighted ©. |