Bispos da Alemanha, França e Suíça realizam dia de estudo sobre a família


Roma (RV) - Um grupo de bispos da Alemanha, França e Suíça, entre os quais muitos padres sinodais, encontraram-se esta segunda-feira – a convite dos presidentes das Conferências episcopais destes três países – com teólogos, colaboradores da Cúria Romana e jornalistas para um dia de estudo sobre a família, realizado em Roma na Pontifícia Universidade Gregoriana, em vista do Sínodo sobre a família, de 4 a 25 de outubro próximo, no Vaticano.

Prosseguindo os trabalhos do encontro anual das Presidências dos três episcopados, realizado em janeiro, em Marselha – sul da França –, os 50 participantes discutiram os temas do próximo Sínodo sobre a família com o objetivo de enriquecer a reflexão sobre os fundamentos bíblicos e teológicos e de aprofundar a problemática no centro do debate atual sobre o matrimônio e a família.

A primeira parte do dia de estudo foi dedicada à interpretação bíblica católica das palavras de Jesus sobre o divórcio.

Discutiu-se sobre o sentido intrínseco destas palavras e no contexto mais amplo do anúncio do Reino de Deus e da Tradição da Igreja, à luz da Constituição conciliar “Dei Verbum”, segundo a qual a compreensão cristã da Tradição se desenvolve na história, baseada no discernimento dos fiéis sobre as realidades espirituais e através do ensinamento do Magistério.

A segunda parte do encontro desenvolveu uma reflexão sobre a teologia do amor e, em particular, sobre a sexualidade como linguagem do amor e dom precioso de Deus.

Esta teologia – evidenciou-se – aguarda novas propostas fruto de um mais intenso diálogo entre a teologia moral tradicional e as melhores contribuições da antropologia contemporânea e das ciências humanas.

Na última parte, os participantes se detiveram sobre as crescentes dificuldades encontradas pelo indivíduo na construção responsável da própria vida no complexo contexto pluralista das sociedades contemporâneas.

Trata-se de uma construção que se tornou mais delicada com o abandono dos valores tradicionais e em que os projetos pessoais e os juízos de consciência têm um peso importante.

Todos esses fatores têm um impacto relevante na compreensão moral da vida e representam, analogamente, desafios para a pastoral conjugal e familiar hoje – destacou-se. As discussões e as explanações evidenciaram diferentes sensibilidades, mas evidenciaram também que o debate teológico sobre o futuro do matrimônio e da família é necessário e promissor. (RL)








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