Conferência sobre mulheres e desenvolvimento sustentável


Cidade do Vaticano (RV) - Teve início nesta sexta-feira (22/05), em Roma, a II Conferência internacional sobre mulheres, promovida pelo Pontifício Conselho da Justiça e Paz junto com a União Mundial das Organizações Femininas Católicas (UMOFC) e a Aliança Mundial das Mulheres pela Vida e a Família (WWALF).

O encontro, que se concluirá no próximo domingo (24/05), tem como tema “Mulheres rumo à Agenda de Desenvolvimento Pós-2015: quais desafios para os objetivos do desenvolvimento sustentável?”. A conferência conta com mais de cem participantes provenientes de todo o mundo.

São dezessete os novos Objetivos do Milênio que serão renovados, em setembro próximo, pelas Nações Unidas, objetivos onde as mulheres têm um papel importante, não obstante os desafios, como por exemplo, das escravidões modernas.

“A mulher está teoricamente presente nesses objetivos de maneira absolutamente deformada, porque se considera somente um aspecto que não envolve a sua vida verdadeira. Por exemplo: o primeiro objetivo é exterminar a pobreza. Obviamente é um objetivo importante, mas temos de considerar a prática da barriga de aluguel que se baseia na exploração da pobreza das mulheres e que é uma nova forma de escravidão”, disse a presidente da Aliança Mundial das Mulheres pela Vida e a Família, Olimpia Tarzia.

“O papel da mulher se torna cada vez mais importante para a paz no mundo também entre as religiões”, foi o que disse Rita Moussalem do Centro para o diálogo inter-religioso do Movimento dos Focolares.

Segundo ela, “a mulher tem um papel importante dentro do diálogo inter-religioso, caminho para a paz. Primeiramente, porque a mulher educa gerações e pode educar naturalmente para a abertura ao outro. Depois, por causa de sua capacidade profunda de escuta, é capaz de conter e abrir caminhos na relação com os outros. A mulher é capaz de amar e sofrer, gerar e perdoar. São elementos importantes para todo diálogo, sobretudo, para o diálogo inter-religioso”.

Segundo Moussalem, a situação da mulher hoje é melhor que no passado. “Em certos países, até mesmo do Oriente Médio como a Jordânia e o Líbano, a mulher tem um papel importante. Um pouco menos onde existem ideologias que esmagam não somente a mulher, mas a pessoa. Onde o ambiente é normal a mulher está fazendo progressos e esses progressos devem ser feitos não somente no âmbito de outras religiões, mas também no próprio cristianismo. É um caminho que está sendo percorrido porque a mulher é autora da vida. É um caminho que devagar dará muitos frutos”, concluiu. (MJ)








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