Santa Sé alerta para deterioração do tratado nuclear


Nova Iorque (RV) – O Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, Dom Bernardito Auza, chamou a atenção para a “erosão da credibilidade” do Tratado para a não-proliferação de Armas Nucleares durante pronunciamento na 9º Conferência de Revisão do Tratado, realizada nesta quarta-feira (29/04), na sede da ONU em Nova Iorque.

Ao recordar que hoje, no mundo, os arsenais nucleares contêm ainda muitas armas atômicas, Dom Bernardito assegurou que a ausência de um concreto e efetivo desarmamento nuclear levará a humanidade, cedo ou tarde, enfrentar os riscos reais da proliferação das armas nucleares. “Esta Conferência de Revisão é um desafio para todos os Estados” que participam do Tratado. Fracassar não é uma opção”, exortou Dom Auza.

Hiroshima 

Ao lembrar os 70 anos do ataque nuclear de Hiroshima e Nagasaki, o observador da Santa Sé disse ainda que essa recordação deve estar sempre presente para que a humanidade não volte a enfrentar tragédias provocadas por armas nucleares.

Ao reiterar que dignidade humana está no centro do Tratado, Dom Auza afirmou que a presença destas armas provoca instabilidade em determinadas áreas do mundo, principalmente naquelas onde estão os países que nunca aderiram ao Tratado como, por exemplo, Coreia do Norte e Paquistão.

História

O Tratado para a não-proliferação de Armas Nucleares tem por objetivo prevenir a proliferação de armas e de tecnologias nucleares, promover a cooperação para o uso pacífico da energia nuclear e impulsionar as metas para o desarmamento nuclear. É o único documento no qual os estados-nucleares se comprometem em promover o desarmamento.

A adesão ao Tratado foi aberta em 1968 com entrada em vigor em 1970. O Tratado demonstrou sua efetividade como pedra angular e um regime global para a não proliferação das armas nucleares. Conta atualmente com 189 Estados membros, incluídos os cinco estados-nucleares. (RB)

 








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