Concílio Vaticano II: Somos herdeiros dessa desafiadora tarefa


Aparecida (RV) – Chegamos ao sétimo dia da 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunida em Aparecida. Como sempre as atividades tiveram início com a celebração da missa em Ação de Graças pelos 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965). A missa foi presidida pelo Arcebispo de São Paulo (SP) e Presidente do regional Sul 1 da CNBB, Cardeal Odilo Pedro Scherer, e concelebrada pelo Arcebispo emérito da Paraíba (PB), Dom José Maria Pires, e o Bispo emérito de Iguatu (CE), Dom José Mauro Ramalho de Alárcon Santiago, que foram padres conciliares durante o Concílio Vaticano II.

Na sua homilia Dom Odilo destacou a importância de ter o Concílio Vaticano como tarefa da atualidade da Igreja.

“Não queremos recordar o Concílio Vaticano II somente como um fato do passado, ele permanece como tarefa atual, nós que não participamos do Concílio, mas o vivenciamos, temos como tarefa interpretar e aplicar aquilo que era desejo dos participantes desse momento da Igreja diante da nossa realidade atual”, destacou.

Dom Odilo sublinhou ainda herança que o Concílio Vaticano II é para a Igreja na atualidade.

“Somos herdeiros dessa desafiadora tarefa, de colocar o Concílio em prática, que saibamos suscitar abundantes frutos para a vida do mundo e da Igreja.”, concluiu.

Após a celebração da Santa Missa, os bispos permaneceram nas dependências do Santuário Nacional para reunião reservada. Às 11h15, ao retornarem ao Centro de Eventos Padre Vítor Coelho, deram início às votações para escolha dos presidentes das Comissões Episcopais e dos delegados da CNBB para o Conselho Episcopal Latino Americano (Celam) e para a 14 ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, marcada para outubro deste ano, no Vaticano. 
Ainda momentos atrás, a nova Presidência da CNBB concedeu entrevista coletiva à imprensa no Centro de Convenções Pe. Vitor Coelho. Ontem, segunda-feira, 20, o Arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha, foi eleito Presidente da Conferência; o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, Vice-presidente;  o Bispo auxiliar de Brasília, Dom Leonardo Steiner, foi reeleito para o cargo de secretário geral da entidade.  

Sobre a nova presidência eis o que nos disse o Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido...

Nós também conversamos sobre a eleição da nova presidência, com o atual presidente da CNBB, o Arcebispo de Aparecida, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, que deixa o cargo nesta sexta-feira...

As sessões do período da tarde têm início às 15h30. As eleições durante a tarde serão intercaladas entre as sessões de trabalhos, com previsão de cinco votações. Haverá, ainda, exposição do Projeto “Comunhão e Partilha”; da Caritas Brasileira – Relatório sobre o Fundo Nacional de Solidariedade; da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé. 

Já na coletiva de imprensa de à tarde, 20, os temas foram: Dízimo, Questões Litúrgicas e Escola de Formadores de Presbíteros. Conversaram com a imprensa Dom Geraldo Lyrio Rocha, Arcebispo de Mariana (MG), Dom Murilo Sebastião Krieger, Arcebispo de Salvador (BA) e Primaz do Brasil, e Dom Pedro Brito Guimarães, Arcebispo de Palmas (TO).

Na sua fala, Dom Gerado Lyrio destacou o processo eletivo que teve início ontem, segunda-feira, elegendo a nova presidência da CNBB. O arcebispo de Mariana citou o clima de reflexão e oração que move os escrutínios.
Em seguida, Dom Murilo Sebastião Krieger relacionou aspectos sobre o dízimo, ressaltando propostas elencadas pelos bispos durante os primeiros dias de trabalho na 53ª Assembleia Geral.

“Marcamos um seminário para os primeiros dias de novembro, aqui em Aparecida (SP), com representação de todas as dioceses do Brasil. (...) Apresentaremos uma síntese dos pedidos dos bispos, e vamos trabalhar a publicação de um estudo da coleção verdes de documentos da CNBB para ajudar a caminhada da Igreja”.

Ao final, Dom Pedro Brito Guimarães, falou sobre dois projetos uma escola de formação e uma pesquisa sobre o clero do Brasil, ressaltando que em 1970 havia mais de 5 mil sacerdotes diocesanos, sendo agora mais de 16 mil; e mais de 8 mil do clero religioso, número que se mantém.

“Significa que queremos melhorar a qualidade de formação dos nossos presbíteros. Em um mundo em que tudo se transforma, é necessário que a formação acompanhe a demanda desse mundo”.

Dos estúdios da Rádio Vaticano, em Aparecida, SP, Silvonei José

 

 

 








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