ONU: Dom B. Auza relata sofrimento dos cristãos


Nova York (RV) – O Arcebispo Bernardito Auza, diplomata que representa a Santa Sé nas Nações Unidas, participa da conferência “Perseguição global dos cristãos: uma ameaça à paz e à segurança internacional”, em andamento na sede da Organização, em Nova York. 

Sexta-feira, 18, no âmbito dos debates, o Arcebispo tomou a palavra e fez algumas observações: 

“Dezenas de milhares de pessoas ouviram a mensagem de Páscoa do Papa Francisco, no último dia 6 de abril, quando ele pediu vigorosamente por orações e ajudas concretas para os cristãos em todo o mundo, que estão sendo perseguidos, exilados, mortos e decapitados pelo simples motivo de serem cristãos. Eles são os nossos mártires de hoje – prosseguiu – e são mais numerosos do que nos primeiros séculos cristãos”.

Dom Auza recordou à plateia que o Papa Francisco pediu, naquela ocasião, que “a comunidade internacional não permaneça muda e imóvel ante um crime tão inaceitável”, e articulou sua sincera esperança “que o mundo não desvie seu olhar desta situação”.

“Hoje”, disse o diplomata da Santa Sé, “neste cenário onde as deliberações da comunidade internacional têm lugar, temos nossos olhos bem abertos. E à medida que analisarmos em profundidade os detalhes da perseguição de cristãos em todo o mundo, será muito difícil mantê-los enxutos”. 

“No Iraque e na Síria, na Nigéria e na Líbia, no Quênia e em regiões do subcontinente asiático, a terra está ficando literalmente encharcada de sangue. Vimos imagens bárbaras de cristãos coptas degolados na Líbia; igrejas cheias de pessoas explodindo durante celebrações litúrgicas no Iraque, Nigéria e Paquistão; comunidades cristãs antigas expulsas de suas casas na Planície de Nínive; estudantes cristãos executados no Quênia... Mesmo enquanto falamos, milhares em todo o mundo estão sendo perseguidos, privados de seus direitos humanos fundamentais, discriminados e mortos apenas porque são cristãos”.

(CM)








All the contents on this site are copyrighted ©.