Aparecida: bispos em retiro até domingo


Aparecida (RV) – Quarto dia de atividades da 53ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida. Nesta manhã os bispos participaram da celebração Eucarística no Santuário Nacional presidida por Dom Jaime Spengler, OFM, Arcebispo de Porto Alegre e concelebrada por Dom João Carlos Seneme, CSS e Dom Rubens Sevilha, OCD. Rezou-se pelo Ano da Vida Consagrada.

Em seguida os trabalhos foram retomados no Centro de Convenções Padre Vitor Coelho e se concentram nas avaliações e nova redação das “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”.

Às 15h o início do retiro espiritual. 

Nós conversamos com Dom Geraldo Lyrio da Rocha, Arcebispo de Mariana que será o pregador do retiro...
O retiro espiritual se concluirá neste domingo às 11h30, com uma missa no Santuário de Aparecida e o envio missionário da juventude.
Padre Toninho da Comissão da Juventude da CNBB nos fala desse evento em Aparecida.... 

Já na manhã de ontem, sexta-feira, o Bispo emérito de Palmares (PE), Dom Genival Saraiva de França, presidiu antes do início dos trabalhos, no Santuário Nacional. A missa, foi dedicada aos bispos eméritos, e concelebrada pelos eméritos de Osasco (SP) e de Lages (SC), respectivamente, Dom Ercílio Turco e Dom Oneres Marchiori.

Em sua homilia, Dom Genival recordou as perseguições sofridas por Jesus Cristo e seus discípulos. “As resistências a Jesus se revelaram de muitas formas na Palestina, notadamente por parte de homens que, embora fossem doutores do conhecimento, não tinham a mente aberta à Boa Nova”, disse. De acordo com Dom Genival, a Igreja comprovadamente vem de Deus e continua sendo assistida por Ele. “Basta considerarmos em sua história o registro das constantes perseguições externas que sofrem, inclusive em nossos dias”, acrescentou.

Para Dom Genival, a Igreja deve ter sempre atitudes de compaixão e gestos de misericórdia como Jesus que, diante de uma grande multidão que o seguia, alimentou aproximadamente cinco mil homens. 

“A partir dos fenômenos da fome do mundo e de outros dramas, da globalização da indiferença, da evidência do comportamento insensível da sociedade, a Igreja tem o dever de lutar pela superação do problema da fome, que afeta milhões de pessoas, com ações que estão ao seu alcance”, ressaltou. O bispo também lembrou das comunidades que têm multiplicado seus serviços solidários “a irmãos e irmãs que têm a mente sedenta de luz e verdade o corpo faminto de pão e justiça”.

Na homilia, Dom Genival recordou que existem hoje na Igreja do Brasil 147 bispos eméritos. “Somos eméritos apenas em relação ao ofício de bispo diocesano. Daí o fato de continuarmos servindo o povo de Deus de muitas maneiras”, explicou. 

Disse que os eméritos podem, “como Jesus o fez, alimentar os fiéis com o pão de que necessitam, de esperança em sua caminhada, de escuta em sua solidão, de justiça em sua exploração, de alegria em seu êxito, de formação em sua carência, de graça sacramental em sua espiritualidade”.
Afirmou que cada bispo sabe que será emérito um dia. Porém, ressaltou que em qualquer situação e contexto, o importante é “sentir-se sempre acolhido no episcopado”.

Dos estúdios da Rádio Vaticano em Aparecida, SP, Silvonei José.

 








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