Bispos uruguaios articulados contra abusos de menores


Montevidéu (RV) – O Secretário-geral da Conferência Episcopal Uruguaia, CEU, Dom Heriberto Bodeant, informou a respeito de um programa de prevenção de abusos sexuais de menores e adultos vulneráveis. De 8 a 14 de abril, reuniu-se na cidade de Florida a Assembleia Plenária da CEU e este foi um dos temas abordados, com a presença de especialistas chilenos.

Um  sacerdote e três leigas (uma psicóloga, uma perita em direito canônico e civil e a coordenadora do comitê), e membros do Conselho Nacional de Prevenção de Abusos de Menores de Idade e Acompanhamento das Vítimas, compartilharam o que o Chile está fazendo no campo da prevenção de abusos, apontou Dom Bodeant.

“A Santa Sé pediu a todas as Conferências Episcopais que elaborassem programas de prevenção que não visem somente evitar que os padres cometam abusos, mas abrir um olhar mais amplo sobre o que significa esta realidade, tão horrível, dos abusos”, salientou. 

Em fevereiro passado, o Papa instou os bispos a garantir a segurança dos menores nas paróquias, que devem ser "casas seguras" para as famílias, e lhes recordou que “não há absolutamente lugar no ministério para quem abusa de menores”. 

Trata-se, portanto, de “gerar segurança em todos os âmbitos da Igreja, respeitando todas as pessoas que participam na vida da Igreja”, explicou o Secretário-geral à imprensa, após participar de um evento na Nunciatura Apostólica em Montevidéu.

A partir da visita chilena, e da experiência relatada, os bispos uruguaios irão “dar passos” para implementar seu próprio programa neste sentido: “Vamos buscar a confluência dos diferentes aspectos pedagógicos do direito e do campo da psicologia que nos ajudam na formação de todas as pessoas que têm relação com o trabalho com crianças, adolescentes e jovens, aonde há centros de educação, obras sociais, paróquias, etc.”, indicou. 

Em 2014, considerando indicações do Vaticano, a CEU aprovou um protocolo de atuação diante de denúncias contra clérigos por abuso sexual de menores, que estabelece procedimentos eclesiásticos mais rigorosos e formas de cooperação com a Justiça em suas atuações diante de eventuais crimes. 

(CM)

 








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